Mãe é presa por tortura ao submeter filha de 3 anos a suposto ritual de cura
A mãe de uma criança de três anos foi presa por submeter a filha sob tortura em um suposto ritual de cura em Aquidauana, cidade a 140 quilômetros de Campo Grande. De acordo com a Polícia Civil, nesta quarta-feira (06), chegou ao conhecimento da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher), por meio de denúncia realizada […]
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A mãe de uma criança de três anos foi presa por submeter a filha sob tortura em um suposto ritual de cura em Aquidauana, cidade a 140 quilômetros de Campo Grande.
De acordo com a Polícia Civil, nesta quarta-feira (06), chegou ao conhecimento da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher), por meio de denúncia realizada por um médico, que uma criança poderia ter sido vítima de abuso sexual.
Segundo a polícia, diante dos relatos, foram iniciadas diligências pela equipe de investigação da unidade, com apoio dos policiais do SIG (Setor de Investigações Gerais) da 1ª DP da cidade.
A princípio, relatou-se que a criança havia sido encaminhada para o Hospital Regional de Aquidauana por conta de lesões em área genital. Acompanhada pelo Conselho Tutelar, a mãe foi conduzida para a unidade policial para esclarecimentos.
Enquanto isso, outra equipe policial foi até a fazenda onde o padrasto trabalhava. A mãe da criança havia apontado o marido, padrasto da criança, como autor de abusos sexuais contra a menina.
O homem foi localizado e também conduzido para a delegacia. Ele negou o cometimento de qualquer abuso sexual contra a enteada. Explicou que por conta da constipação intestinal que a criança vinha sofrendo há muitos dias, a mãe e avó da mesma introduziram objeto fino, tipo palito de unha, e o dedo no ânus da criança para tentar retirar as fezes, que causaram as lesões.
Ainda segundo a polícia, diante da gravidade das lesões no ânus e constipação intestinal, a menor teve que passar por uma cirurgia de emergência, em princípio sem constatação de abuso sexual.
Após o atendimento médico, verificou-se que além de lesões no ânus, a criança também possuía uma queimadura grave na parte de trás de uma das pernas.
Na delegacia, a mãe da criança confirmou que havia levado a vítima para uma curandeira em aldeia indígena por conta da constipação intestinal de 10 dias. Durante esse procedimento de colocar a criança para sentar em um tijolo fervendo, ocorreu a queimadura na perna.
Somente devido à gravidade da queimadura foi que a autora levou a criança para ser atendida por um médico na aldeia, ignorando totalmente as lesões, sangramento e dores causadas na criança, em virtude de introdução forçada de objeto e dedo em seu ânus.
Ainda de acordo com a polícia, a autora apresentou várias contradições em seu interrogatório, e finalmente informou que mentiu ao acusar seu companheiro de abuso sexual.
A mãe confessou que, junto com a avó da criança, tentaram retirar as fezes da criança de forma manual e com a introdução de objeto, o que a fez sangrar e causou graves lesões.
A mãe foi presa em flagrante por tortura com aumento de pena, por ter sido cometida contra criança, e pelo fato de ter durado cerca de um dia e uma noite. Os demais envolvidos serão intimados para prestar depoimento sobre os fatos.
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