Quatro anos após a morte de Luiz da Souza Silva Junior, de 17 anos, o policial militar Gesus Fernandes de Oliveira foi a julgamento por júri popular, nesta terça-feira (14). Ele foi condenado à pena mínima, de 6 anos de reclusão, em regime semiaberto.

Conforme o advogado de defesa, Amilton Ferreira de Almeida, os jurados afastaram a qualificadora de recurso que dificultou a defesa da vítima. Ou seja, entenderam que não foi feito disparo na nuca do adolescente, assim como apontado pelo advogado.

A defesa chegou a tentar absolvição por legítima defesa, no entanto, o Conselho de Sentença decidiu pela condenação do militar. Gesus foi condenado por homicídio simples, a 6 anos de reclusão em regime semiaberto, conforme decisão do juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri.

Ainda segundo o advogado Amilton, ele não deve recorrer da decisão.

Relembre o caso

O adolescente foi morto após uma confusão dentro da Chácara República, na madrugada do dia 10 de junho de 2017. A Polícia Civil foi acionada e obteve informações de que o primeiro disparo ocorreu dentro do local. Na tentativa de espalhar a multidão, o segurança teria atirado para o alto, mas a ação provocou mais tumulto.

Uma testemunha de 17 anos disse à polícia que os participantes da festa passaram a correr em direção à saída, momento em que o policial fez o segundo disparo, desta vez em direção ao público. Luiz Júnior foi atingido no pescoço e morreu no local. O projétil foi localizado embaixo do corpo.