Jovem cria coragem e seis anos depois denuncia mãe que a obrigava fazer programas com 14 anos de idade

Uma jovem de 20 anos criou coragem e denunciou a mãe de 36 que a obrigava fazer programas em 2015, quando ela tinha apenas 14 anos. Consta no registro policial, que a jovem atualmente é casada. Porém, ainda segundo o boletim de ocorrência, a jovem estava sozinha em casa onde mora, na região do Jardim […]

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Uma jovem de 20 anos criou coragem e denunciou a mãe de 36 que a obrigava fazer programas em 2015, quando ela tinha apenas 14 anos. Consta no registro policial, que a jovem atualmente é casada.

Porém, ainda segundo o boletim de ocorrência, a jovem estava sozinha em casa onde mora, na região do Jardim Imá, no último sábado (20). O marido dela, que está com covid-19, foi procurar atendimento médico neste dia.

No mesmo dia, a mãe convenceu a filha de ir para a casa dela, no Dom Antônio Barbosa. Já na casa, à certa hora da noite, a jovem relata que escutou a mãe conversando com um homem no celular. Na conversa, a mãe marcava um programa sexual para a filha fazer.

Posteriormente, em certo momento que a mãe entrou no banheiro, ela pegou seu celular, conseguiu contato com o marido e saiu da casa. Indignada com a situação, ela então resolveu procurar a DEAM (Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher), na Casa da Mulher Brasileira, onde fez um boletim de ocorrência por favorecimento da prostituição, ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável.

Exploração da própria filha, quando ela tinha 14 anos

A jovem lembra que quando tinha 14 anos, em 2015, a mãe começou a utilizar seu telefone celular, onde conversava em um grupo de WhatsApp. A mãe, se passando pela própria filha, começou a conversar com um homem, de mais de 30 anos.

Em janeiro de 2015, a mãe então marcou um encontro para a adolescente com o homem. A mãe, consta no registro policial, mandou a filha ir se encontrar com ele na Praça Ary Coelho.

Ela lembra que ainda não havia se relacionado com ninguém, era virgem, porém, obedeceu a mãe e foi ao encontro. A jovem então pegou um ônibus e foi até a Praça Ary Coelho. Lá, ela conheceu o homem que se apresentou e a levou até a uma quitinete na Rua Maracajú, onde foi abusada.

Ela diz que sentiu-se amedrontada e por isso não esboçou reação contra o abuso. Posteriormente, os dois pegaram um ônibus e o homem deixou a jovem em casa. Na época, o padrasto da adolescente a questionou e esbravejou ao ver o homem deixando a adolescente em casa.

A jovem, na época, disse ao padrasto que tratava-se de um conhecido. O padrasto da menina, que atualmente não é mais casado com a mãe da vítima, disse neste dia, para a enteada não ficar “levando homem para casa”. O padrasto chegou a expulsar a adolescente de casa posteriormente.

Ainda segundo o boletim de ocorrência, a mãe continuou trocando mensagens com o homem, marcando programas sexuais para a própria filha. Na delegacia, onde fez a denúncia nesta quarta-feira (24), a jovem que atualmente tem traumas devido aos ocorridos, diz que também procurou a polícia para fazer um alerta a outras jovens que sofrem ou sofreram os mesmos tipos de abusos e, mesmo com medo, fazerem a denúncia na polícia.

 

 

 

 

 

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