Família questiona sumiço de aliança de aposentado que morreu de covid-19 no Hospital Regional

Familiares de um idoso de 75 anos que faleceu devido a covid-19 questionam sobre o sumiço da aliança de ouro de casamento do paciente que faleceu no Hospital Regional em Campo Grande. Sem querer se identificar, uma filha do aposentado enviou um documento em que questiona o desaparecimento da aliança junto a ouvidoria do hospital. […]

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Familiares de um idoso de 75 anos que faleceu devido a covid-19 questionam sobre o sumiço da aliança de ouro de casamento do paciente que faleceu no Hospital Regional em Campo Grande. Sem querer se identificar, uma filha do aposentado enviou um documento em que questiona o desaparecimento da aliança junto a ouvidoria do hospital.

De acordo com a família, o aposentado foi internado no dia 11 de setembro do ano passado, no quarto andar, para tratar da covid-19. No dia 17 do mesmo mês, ele foi transferido para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e veio a falecer no dia 27 de setembro. Ainda segundo a família, ainda quando estava no quarto andar, o idoso estava com a aliança, como mostra uma foto do dia 15 do mês.

Ainda segundo o questionamento da família, um filho do aposentado foi ao hospital para pegar os pertences do pai. Ainda segundo o questionamento feito à ouvidoria, consta que ele recebeu uma embalagem lacrada e foi até a casa de sua mãe, viúva do aposentado. Lá eles abriram a embalagem, porém, a aliança de 18 quilates, com o nome da esposa em seu interior não estava entre os objetos devolvidos.

Foi então feito contato com o setor social do hospital e, a assistente orientou que procurassem a ouvidoria. “Diante dos fatos narrados, solicito a vossa senhoria providências visando a restituição do bem, que, apesar do baixo valor pecuniário, é de grande valor sentimental para a nossa família, principalmente por termos perdido nosso pai”, consta no questionamento enviado à assessoria do hospital.

A filha do aposentado disse que pelo fato de ainda não terem nenhuma resposta por parte do hospital, irão procurar o MPE (Ministério Público Estadual) e a Polícia Civil.

“Sensação de tristeza, de impotência, de injustiça, de desrespeito, de desumanidade. É triste imaginar alguém furtando um objeto que acreditaram ser de valor financeiro de um idoso debilitado que estava totalmente sob os cuidados e dependência daqueles profissionais que ali estavam. Meu Pai nunca quis tirar a aliança do dedo, nem para aumentar de tamanho por não se sentir a vontade sem ela, por achar q se tirasse ia se desrespeitoso ao amor e ao matrimônio com a mãe. Agora imaginar alguém roubando parte da história deles e ainda saber que com certeza ele estava contrariado em ter que tirar dói muito. Não vamos permitir que a memória do meu pai ser desrespeitada dessa forma, isso é monstruoso”, disse a filha do aposentado.

“Em relação a aliança, minha mãe disse que queria muito que encontrasse para ter com ela essa linda lembrança do casamento deles, quer fazer o colar pra andar com ela no pescoço e se sentir inseparáveis”, diz. A reportagem entrou em contato com o hospital e aguarda retorno.

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