Depois da Polícia de Mato Grosso do Sul receber a informação do estado de São Paulo de um ‘salve geral’ da PCC (Primeiro Comando da Capital) após o confronto que aconteceu na noite de segunda-feira (11), em Ponta Porã a 346 quilômetros de , entre policiais e membros da facção, foi ampliado o reforço, na fronteira.

De acordo com o delegado-geral da de MS, Marcelo Vargas, a segurança no estado está preparada para uma possível retaliação da facção criminosa, “quem enfrenta a polícia tem de estar preparado para um revide”, disse Vargas, que não revelou o número do contingente policial por questões de segurança.

Vargas ainda disse que já estavam preparados para esta retaliação, e que desde a semana passada o policiamento na fronteira foi reforçado. O delegado-geral ainda afirmou que se mais ataques da facção ocorrerem, provavelmente, acontecerão mais mortes. Sobre a questão de tentar expulsar da fronteira a facção, Vargas disse ser uma questão complexa.

“Não se resolve assim, o número deles (PCC) é muito grande e a fronteira propicia esse grande número de faccionados, mas estamos sempre atentos e tentando minimizar”, afirmou Vargas.

Casa do PCC no Brasil

Os oito membros da facção morreram em confronto com a polícia, na noite de segunda-feira (11), em Ponta Porã. Todos seriam paraguaios. Eles foram identificados inicialmente como: Diego Marcial Moraez González, de 28 anos, Prieto Davalos, de 23 anos, Blas Daniel Moraez González, de 18 anos, Edison Prieto Davalos, de 27 anos, Daniel Irala de Santa Ana, Fredy Portillo de Santa Teresa, Ruben Dário e Alcides Trinidad, de 19 anos.

O confronto aconteceu depois da prisão e expulsão de Giovanni Barboza da Silva, o ‘Bonitão’, do PCC A polícia descobriu que a facção criminosa tinha uma casa de apoio no Brasil, com isso, equipes do se deslocaram para a fronteira em apoio a 1º Delegacia de Polícia de Ponta Porã.

Quando os policiais chegaram na casa, encontraram 8 membros da facção na residência, sendo que dois conseguiram pular o muro e fugir. Houve confronto e seis acabaram mortos nesse primeiro confronto. Equipes do DOF e Bope vasculharam a região e encontraram os outros dois fugitivos, que também morreram em troca de tiros. Na casa foram apreendidos dois fuzis, quatro pistolas e dois carros roubados.

Tentativa de resgate ‘Bonitão’

Imagens de câmeras de segurança do atentado a delegacia em Pedro Juan Caballero, fronteira com Ponta Porã a 346 quilômetros de Campo Grande, mostram membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) em confronto com a polícia, na tentativa de resgate de Giovanni Barboza da Silva, o ‘Bonitão’, que acabou expulso do Paraguai, neste domingo (10).

Nas imagens é possível ver quando o grupo, que está fortemente armado, troca tiros com os policiais. Os membros da facção usam coletes a prova de balas. A troca de tiros durou cerca de 1 hora e várias cápsulas ficaram espalhadas pelas ruas.

Teriam sido usados pelos membros da facção criminosa cerca de 30 fuzis. A maioria das armas já teria sido usada em outros crimes, inclusive, homicídios. Os fragmentos que ficaram espalhados serão analisados pela perícia paraguaia. Cerca de 10 carros fizeram um cerco a delegacia e 40 membros da facção criminosa passaram a atirar contra os policiais. Durante o ataque a delegacia, um homem acabou atingido por um tiro nas costas ficando paraplégico.

Na madrugada de domingo (10), momentos após a prisão da liderança do PCCgrupo fortemente armado com fuzis teria invadido o departamento de investigação onde ele estava. Um policial paraguaio chegou a ser feito refém e houve troca de tiros, mas a tentativa de resgate foi frustrada.

Durante a prisão de ‘Bonitão’ que estava a bordo de uma caminhonete, um fuzil da marca MOE, modelo FN15, série FNCR 001854, origem EUA, calibre 5.56 / .223, com dois carregadores e dois celulares iPhone foi apreendido com ele.