Em live de delegado, morador de MS diz que concurso da PCMS é ‘comprado’ e Adepol vai à Justiça
Edital com 236 vagas foi publicado nesta terça-feira (26)
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Durante transmissão ao vivo feita por um delegado da Polícia Civil do Distrito Federal, sobre o edital do concurso da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, aberto nesta terça-feira (26), um homem afirmou que parte das 236 vagas oferecidas já tem candidato escolhido. “Em off, tem muita vaga já casada”, afirmou. Ele chega a citar uma suposta fonte da Adepol-MS (Associação dos Delegados de Polícia de Mato Grosso do Sul) na acusação.
A associação emitiu nota de repúdio sobre a live e esclareceu que “a entidade não participa de nenhuma das fases de seleção, as quais são de responsabilidade das secretarias de Estado competentes”, reprimiu qualquer tipo de ilicitudes.
Na tranmissão ao vivo, o homem chega a dizer que a informação foi dada por um conhecido, que seria amigo “do pessoal interno da Adepol aqui do MS”. Em seguida, questiona o delegado se a conversa ficará gravada, e pede para que o Ministério Público “fique atento”. O delegado Lúcio Valente, que fazia a transmissão, mostra uma expressão de surpresa e pergunta “será?”, ao receber a alegação do convidado.
Ao Jornal Midiamax, a delegada Aline Sinnott, presidente da Adepol, explica que o delegado fazia a leitura do edital publicado hoje, e que ele é professor de um cursinho. O homem que faz as acusações é, segundo ela, natural de Dourados, a 225 quilômetros da Capital e já foi identificado pela associação.
Sinnott ainda afirmou que o homem vai ser interpelado judicialmente para prestar esclarecimentos sobre as acusações que fez. “A Adepol não tem nada a ver com o concurso, as acusações são completamente surreais. Emitimos a nota porque os associados pediram um posicionamento. Não podemos permitir uma coisa dessas, o edital saiu hoje”, finaliza.
Confira a nota na íntegra:
“A ADEPOL-MS vem a público repudiar qualquer uso ou implicação do nome da entidade em suposta ilegalidade de certame para provimentos de cargos de carreiras policiais. Em uma live realizada pelo Delegado de Polícia do Distrito Federal, Lúcio Valente, um cidadão que pediu para participar fez acusações descabidas acerca da lisura do processo seletivo para o cargo de Delegado de Polícia em Mato Grosso do Sul, inclusive, citando a instituição ADEPOL-MS. Importante esclarecer que a entidade não participa de nenhuma das fases de seleção, as quais são de responsabilidade das secretarias de Estado competentes. A ADEPOL-MS confia na lisura e correção dos órgãos públicos envolvidos no concurso, inclusive para reprimir qualquer tipo de ilicitude. Por fim, a ADEPOL-MS adotará as providências cabíveis para esclarecer e responsabilizar o uso indevido do nome da instituição no episódio.”
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