Familiares e amigos do jovem de 18 anos, que foi encontrado morto no mês passado, dentro do Parque do Prosa, realizaram uma manifestação pacífica na tarde desta quinta-feira (4) em frente ao Fórum e depois seguiram para a prefeitura de Campo Grande. O rapaz teria sido vítima de estupro coometido por um professor de capoeira.

Com camisetas, cartazes e instrumentos de capoeira, os manifestantes caminharam em frente ao Fórum e foram em direção à prefeitura. Eles tiveram uma conversa com o prefeito Marquinhos Trad (PSD) e pediram por justiça e a prisão do professor, que é acusado de abusar de outros 12 alunos.

“A gente se solidariza mas não cabe ao Executivo nenhum ato para fazer com que ele seja preso ou não. Isso cabe ao magistrado, ao Ministério Público e a ampla defesa. A gente registra o descontentamento de vocês [manifestantes] e a gente pode pedir através de profissionais da OAB informações sobre o processo das partes”, disse Marquinhos em conversa com os manifestantes

Capoerista em liberdade

O professor de capoeira é investigado pelo estupro de vários adolescentes, um deles é o jovem de 18 anos, que na época era menor de idade quando denuniou os abusos, o rapaz acabou cometendo suicídio. O capoeirista já foi condenado por um dos crimes, contra um menino de 12 anos. Os estupros aconteceram entre 2017 e 2018.

Ele foi condenado a cumprir 9 anos e 4 meses de reclusão em regime fechado, além do pagamento de R$ 1,5 mil em indenização à vítima. Ele apelou e o recurso foi julgado em agosto deste ano. A condenação foi mantida, mas a indenização foi retirada.

Como a decisão não foi por unanimidade, o acusado entrou com embargos no dia 6 de outubro e ainda não foi julgado e com isso, permanece em liberdade.