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Polícia

Diretor paraguaio é demitido após confirmação de que munição usada em atentado era das Forças Armadas

Quatro pessoas morreram em atentado na fronteira de MS
Arquivo -
Ministério Público do Paraguai investiga uso de armas já apreendidas
Ministério Público do Paraguai investiga uso de armas já apreendidas

O diretor de material de guerra das Forças Armadas do Paraguai, o vice-almirante Pedro Rubén Vallejos Denis, foi demitido do cargo na tarde desta quarta-feira (13) após confirmação de que parte das munições utilizadas no atentado que vitimou quatro pessoas – incluindo a filha do governador de Amambay Haylée Carolina Acevedo – saíram das Forças Armadas.

O diretor de investigação criminal da polícia paraguaia, o comissãrio César Silguero, afirmou ao ABC Collor que pelo menos 14 balas munições 5,56 tinham a inscrição Dimabel na base e, outras quatro, gravuras das Industrias Militares do Paraguai.

Segundo os investigadores, as balas foram provavelmente vendidas a facções que atuam na fronteira entre Brasil e Paraguai. Na semana passada, dois promotores paraguaios denunciaram que uma das pistolas calibre 9mm, apreendida com integrantes do Comando Vermelho, foi utilizada na libertação do narcotraficante Jorge Samudio Teófilo González, vulgo Samura, em 11 de setembro de 2019.

O subchefe da 1ª Delegacia de Polícia de Assunção, Comissário Félix Ferreira, foi morto durante uma operação e, então, descobriu-se que algumas armas apreendidas foram vendidas novamente a grupos criminosos. Depois do escândalo, funcionários da Dimabel apresentaram 7 fuzis de guerra – 2 de calibre 7,62 e 5 calibre 5,56 – além de 15 pistolas 9 mm.

Técnicos da Polícia Nacional investigam se as armas apresentadas são realmente as que foram apreendidas, ou outras colocadas durante a apresentação do armamento.

4 mortos em chacina

Pelo menos 100 disparos de diversos calibres foram feitos contra um SUV Trailblazer, na noite de sábado (9) em Pedro Juan Cabellero. Morreram na hora Kaline Reinoso, anos, Osmar Vicente Álvarez Grande, o ‘Bebeto’, Rhannye Jamilly e Haylée Carolina Acevedo Yunis, filha do governador do Departamento de Amambay. 

O subcomandante da Polícia Nacional do Paraguai, coronel Gilberto Fleitas, afirmou ao ABC Color que não há relação da chacina com outros ataques acontecidos na fronteira, em referência à morte do vereador de Ponta Porã Farid Affif, também no sábado (9).

Conforme apurado pela Futura Fm, de Amambay, a residência fica na colônia Cerro Cora’i, e está há uma quadra da fronteira. Segundo o chefe policial da operação, todos são brasileiros. 

O atentado que matou quatro pessoas estaria relacionado a um conflito interno entre ‘Bebeto’ – Osmar Vicente Álvarez Grance -, uma das vítimas, e um grupo dedicado ao narcotráfico no Brasil. “Seria mais uma questão interna ligada ao mercado brasileiro. Haveria um confito com esta pessoa, Bebeto”, afirmou.

A caminhonete foi localizada em uma estrada vicinal na Colônia Virgen de Caacupé, após moradores acionarem a polícia. Chegando ao local, os policiais verificaram que o veículo tinha características similares ao que teria sido utilizado no atentado e foi identificado durante as investigações.

O diretor da polícia de Amambay Carlos Miguel López Russo, foi pessoalmente ao local do achado. A caminhonete tem placa brasileira e trata-se de uma Toyota Hilux, ano 2014/2015, da cidade de Bauru-São Paulo.

O veículo foi encontrado horas depois de membros da equipe de investigação afirmar que tinham fortes indícios para esclarecimento do crime, mas que não daria maiores informações para não atrapalhar o andamento.

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