Após tentar liberdade provisória e ter pedido negado, a defesa de Bruno César de Carvalho de Oliveira, 24 anos, recorreu em 2º grau e novamente teve a liminar indeferida. Bruno está preso desde 18 de agosto de 2020, acusado de matar a tiros Emerson Salles Silva, 33 anos, com quem trabalhava em uma lanchonete na .

A decisão foi tomada e publicada em regime de plantão, em 30 de dezembro, pelo desembargador Sérgio Fernandes Martins. Para ele, embora a defesa tenha alegado legítima defesa, todo o processo investigativo e o inquérito policial mostram que foram feitos três disparos por Bruno contra Emerson. Um deles aconteceu mesmo após a vítima ter caído no chão.

O desembargador não viu como substituir a prisão preventiva do acusado por medida diversa da prisão ou conceder a liberdade provisória. Isso porque considera tais decisões insuficientes para garantir a ordem pública. Com isso, Bruno continua preso.

Defesa recorre e desembargador nega liberdade a motoentregador que matou colega
Bruno foi preso 5 dias após o crime (Arquivo)

Pedido em primeira instância

Em setembro, o juiz Aluízio Pereira negou pedido de liberdade de Bruno, também sob alegação de que ele teria agido em legítima defesa. Assim, o magistrado propôs que o vídeo anexado ao processo não mostra um ataque da vítima ao réu. Inclusive, porque a testemunha chegou a pedir para que Bruno não atirasse, mas mesmo assim ele atirou.

No entanto, tal fator ainda deve ser analisado no decorrer do processo. Apesar disso, o juiz alegou que ainda permanecia presente a necessidade da prisão. Com isso, indeferiu o pedido de revogação da prisão preventiva.

Briga que terminou em assassinato

Conforme apontado na , como Bruno faltou ao serviço, Emerson teria ficado irritado pelo excesso de trabalho na lanchonete. Com isso, os dois tiveram discussões pelo WhatsApp e no dia do crime, Bruno já teria ido trabalhar armado, chegando momentos antes de Emerson.

Logo que chegou, ele questionou se o colega já estava lá e ainda disse “É bom que ele não apareça aqui hoje”. No entanto, em seguida Emerson chegou e os dois já discutiram, momento em que Bruno sacou a arma e fez ameaças. Ainda entraram em luta corporal, quando Bruno pegou novamente a arma, que tinha guardado na mochila, e atirou.

Então, Emerson caiu e depois ainda foi ferido com mais um tiro. Bruno fugiu em seguida, ficou 5 dias até que se apresentou na delegacia. Já Emerson, chegou a ser socorrido após o crime, mas não resistiu aos ferimentos.