Defensoria pede inquérito sobre mulher desaparecida há 42 dias em Mato Grosso do Sul

Grupo de mulheres da Reserva Indígena de Dourados suspeita de feminicídio

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Jovem teria saído de casa para visitar uma amiga na própria aldeia
Jovem teria saído de casa para visitar uma amiga na própria aldeia

A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul entrou com pedido de abertura de inquérito sobre o desaparecimento da Jayne Martins Ramires, de 23 anos, residente na aldeia Bororó. Familiares estão à sua procura desde o dia 26 de outubro. Há suspeitas de que a indígena tenha sido vítima de feminicídio.

O pedido de abertura do inquérito foi encaminhado pela defensora Neyla Ferreira Mendes, coordenadora do NÚPIIR (Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Povos Indígenas e da Igualdade Racial e Étnica), à delegada Paula Ribeiro dos Santos, titular da Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) de Dourados.

“Há notícias de que seus benefícios sociais foram sacados e que todos seus bens e seus documentos continuam em sua casa”, informou a defensora, que recebeu uma solicitação de ajuda, via WhatsApp, do movimento de mulheres da RID (Reserva Indígena de Dourados).

Segundo relato dos familiares de Jayne, ela teria deixado o local na companhia de um homem, que seria morador da Reserva Lagoa Rica. Diversas ligações já foram feitas para o celular da jovem, mas nenhuma delas foi atendida.

Conforme o boletim de ocorrência registrado na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário), Jayne Martins vestia saia e uma jaqueta preta. Quem tiver informações sobre o paradeiro da jovem, pode entrar em contato com o SIG (Setor de Investigação Geral) pelo telefone 3411-8080. 

A reportagem do Midiamax apurou que o movimento de mulheres das aldeias montou grupo de voluntários e desde a tarde desta terça-feira (7) intensificam as buscas em algumas matas que ficam próximas à Reserva Indígena. Elas receberam informações de que Jayne foi assassinada.

“Hoje estaremos na divisa entre a aldeia e propriedade do Tonani, naquela matinha que existe ali. Recebemos informações de que o corpo da Jayne pode estar naquela região”, diz um áudio divulgado por uma das mulheres que coordena o grupo de busca entre os moradores e que conta com o apoio dos agentes do SIG.

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