Continua foragido: Justiça nega pedido para revogar prisão de Maurílio Azambuja

Já o pedido do ex-secretário segue sem decisão

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Dinheiro e cheques foram apreendidos na operação
Dinheiro e cheques foram apreendidos na operação

Foi negado pedido de revogação da prisão temporária do ex-prefeito de Maracaju, Maurílio Ferreira Azambuja, principal alvo da Operação Dark Money, realizada na última quarta-feira (22). Maurílio é o único investigado que não foi localizado e, apesar de sinalizar que se apresentaria, até o momento não foi encontrado.

O advogado de defesa, Rodrigo Dalpiaz, que também atua na defesa do ex-secretário de Finanças de Maracaju, Lenilso Carvalho Antunes, confirmou que o pedido de revogação da prisão de Maurílio foi indeferido. Já o pedido para revogar a prisão de Lenilso ainda não teve decisão.

Assim, Maurílio ainda é considerado foragido da Justiça. Na quinta-feira (23) ele chegou a sinalizar que se apresentaria, dizendo que estava na região do Pantanal, a caminho de Campo Grande. No entanto, não se entregou à polícia.

Ainda na quinta, Fernando Martinelli Sartori, Pedro Emerson Amaral Pinto e Moisés Freitas Victor foram levados ao Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), para prestarem depoimento, mas ficaram em silêncio. As duas mulheres presas, Daiana Cristina Kuhn e Iasmin Cristaldo Cardoso são mantidas na carceragem da 2ª Delegacia de Polícia Civil.

Dark Money

A ação mirou servidores públicos que atuaram no alto escalão do executivo municipal nos anos de 2019/2020, bem como empresários e empresas com envolvimento no esquema. O desvio dos cofres públicos chegou à ordem de R$ 23 milhões, segundo a polícia.

Ainda conforme o Dracco, foi constatada a criação de uma conta bancária de fachada, diversa da oficial e não declarada aos órgãos de controle interno e externo do município, por onde foram promovidos mais de 150 repasses de verbas públicas em menos de 1 ano.

A partir de negócios jurídicos dissimulados, integrantes do alto escalão da prefeitura emitiram mais de 600 lâminas de cheques, que totalizaram mais de R$ 23 milhões, a empresas, sem qualquer embasamento jurídico para amparar os pagamentos.

Muitas das empresas beneficiárias dos valores não mantinham relação jurídica com a prefeitura — licitação, contrato ou meio legal que amparasse a transação financeira. Além disso, não havia emissão de notas fiscais e os valores não eram submetidos a empenho de despesas.

Foram encontrados alvos no Paraná. Um deles acabou localizado e preso em um hotel. As ações foram realizadas em Maracaju, Corumbá, Ponta Porã e Campo Grande e envolveram 60 policiais civis do Estado — e ainda na cidade de Umuarama através de uma equipe da Polícia Civil do Paraná.

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