A defesa de Clarice Silvestre acusada pelo homicídio, destruição e do chargista Marcos Antônio Rosa Borges, que foi assassinado em novembro de 2020, pediu por exames de insanidade mental e por segredo de Justiça para o caso da massagista. O pedido foi feito no dia 4 deste mês.

No pedido feito pela defesa foi incluído partes de parecer médico de uma psicóloga que atendeu a massagista no presídio feminino Irmã Irma Zorzi, onde a médica relata que Clarice tem “dificuldade de estabelecer contato ativo com a realidade, sente culpa e vergonha”.

Ainda no relatório é dito que a massagista possui ‘condição psicológica primitiva' e que a massagista possui uma impulsividade associada a falta de amplitude interpessoal, impulsos agressores e hostis. A defesa alega que através de todos estes indícios é necessário que se faça exames de insanidade mental na acusada.

A defesa também pede pelo segredo de Justiça no caso e por fim pede pela absolvição ou impronúncia de Clarice Silvestre, que foi denunciada pelo crime de homicídio em janeiro deste ano junto de seu filho João Victor Silvestre de Azevedo, de 21 anos.

A denúncia foi apresentada em 2 de janeiro pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). Conforme o relato, na manhã de 21 de novembro de 2020, Clarice matou Marcos na casa, no Bairro São Francisco. Com a ajuda do filho João Victor, ainda destruiu e ocultou o cadáver da vítima.

Denúncia

O relato na denúncia é de que Marcos era cliente da massagista Clarice e mantinha um relacionamento amoroso com ela. No entanto, ele não queria assumir a relação oficialmente, o que incomodava Clarice. No dia do crime, eles combinaram uma massagem e a vítima foi até a casa da autora.

Após a massagem, Marcos foi tomar banho na parte de cima da casa de Clarice. Ao sair, os dois começaram a discutir sobre o relacionamento e Clarice empurrou a vítima da escada. Em seguida, esfaqueou o chargista, o atingindo nas costas e tórax. A denúncia aponta que Marcos permaneceu agonizando no local e Clarice colocou um lençol sobre o corpo dele.

Ela saiu para comprar sacos de lixo, já com a intenção de ocultar o cadáver da vítima e ligou para o filho. O rapaz foi até a casa da mãe e os dois cortaram o corpo de Marcos em várias partes, lavaram e colocaram em sacos e depois em malas de . Mãe e filho levaram o corpo da vítima até o Jardim Tarumã, após pedirem por um aplicativo.

Eles esconderam as malas, esperaram até a madrugada e atearam fogo. Clarice saiu da cidade e só foi presa em São Gabriel do Oeste. Após a prisão, ela confessou que agiu por ódio vingativo e ciúmes da vítima, porque queria que o relacionamento fosse oficializado.

Clarice foi denunciada por homicídio triplamente qualificado, por meio cruel, motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima, além da destruição e ocultação de cadáver. O filho foi denunciado pela destruição e ocultação de cadáver.