As apreensões foram realizadas com auxílio de guincho da Polícia Federal na loja, que fica em um hotel na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, e abastece até mesmo sertanejos famosos de todo o Brasil. Entre os itens apreendidos estão aparelhos eletrônicos, celulares, fones, tablets. Na internet, a loja oferece como destaque celulares lançamento da Apple.

Do hotel estão sendo levados patinetes, motos elétricas, ventiladores e celulares da loja que funciona nas dependências do hotel há aproximadamente oito anos. Os alvos, donos da empresa, costumam ostentar nas carros de luxo.

Durante a deflagração da operação um empresário que também faz a venda de artigos de luxo e celulares iPhone foi preso em sua casa no bairro Jóquei Clube. Da casa dele foram levados vários eletrônicos e documentos e a Land Rover apreendida. Outro alvo de cumprimento de mandados de busca e apreensão foi em um condomínio, próximo à Vila Morumbi.

Foram cumpridos 1 mandado de prisão e 14 de busca e apreensão. Os agentes também foram até um condomínio, no bairro Morumbi. Durante as investigações, identificou-se a continuidade na comercialização de produtos eletrônicos estrangeiros, sem o devido registro de importação.

A logística

Lojistas de Campo Grande usavam doleiros para enviar dinheiro para fornecedores de mercadorias no Paraguai; em seguida, promoviam a entrada dos produtos eletrônicos no Brasil, sem fazer o pagamento do imposto. Eles usavam empresas de fachada para expedir notas fiscais para justificar a entrada das mercadorias; e por fim, os equipamentos eram revendidos no mercado nacional.

A investigação iniciou-se em 21 de novembro de 2019 e durante o seu curso foram realizadas apreensões de mercadorias descaminhadas bem como investigada a situação patrimonial dos envolvidos.

Operação 2017

A operação que investigou esquema de descaminho e lavagem de dinheiro, além da venda de produtos eletrônicos como e smartphones na loja de um hotel, cumpriu na época quatro mandados de busca e apreensão, todos na Capital.

Ostentação

O nome da operação faz referência à mitologia grega, na qual Harpócrates representa o deus do silêncio e do segredo, contrastando com a ostentação apresentada por alguns investigados.

Na primeira fase,  a operação investigava esquema que descobriu suposto descaminho e lavagem de dinheiro. Eram realizadas vendas de produtos eletrônicos como notebook e smartphones na loja de um hotel e também roupas de grife, importadas sem o pagamento de impostos. Os produtos eram vendidos nas lojas dos investigados.

No entanto, o preso naquela ocasião foi inocentado das acusações.