Foram cumpridos na manhã desta quarta-feira (26), em Campo Grande 15 mandados de busca e apreensão e prisão em operação da PF em conjunto com a Receita Federal contra contrabando, descaminho e lavagem de dinheiro. Um empresário de produtos importados acabou preso e levado para a sede da Polícia Federal.
Esta é a segunda fase da Operação Hipócartes, deflagrada em 2017. O empresário que vende produtos importados e de luxo foi preso na sua casa no bairro Jóquei Club, em Campo Grande nesta manhã. A Land Rover do empresário foi apreendida, assim como, vários documentos e computadores.
Foram cumpridos 1 mandado de prisão e 14 de busca e apreensão. Os agentes também foram até um condomínio, no bairro Morumbi. Durante as investigações, identificou-se a continuidade na comercialização de produtos eletrônicos estrangeiros, sem o devido registro de importação.
Foi apurado que empresas fictícias eram usadas, assim como, ‘laranjas' para dar a aparência de legalidade ao comércio. Os pagamentos aos fornecedores, no Paraguai, eram feitos através de doleiros. Além dos mandados foram sequestrados dois imóveis, três veículos e contas bancárias de quatro investigados.
Participam das ações oito auditores-fiscais e 12 analistas-tributários da Receita Federal e mais de 62 policiais federais.
Ostentação
O nome da operação faz referência à mitologia grega, na qual Harpócrates representa o deus do silêncio e do segredo, contrastando com a ostentação apresentada por alguns investigados.
Na primeira fase, a operação investigava esquema que descobriu suposto descaminho e lavagem de dinheiro. Eram realizadas vendas de produtos eletrônicos como notebook e smartphones na loja de um hotel e também roupas de grife, importadas sem o pagamento de impostos. Os produtos eram vendidos nas lojas dos investigados.
No entanto, o preso naquela ocasião foi inocentado das acusações.