Homem de 34 anos teve pedido de conversão da prisão preventiva em prisão domiciliar negado, conforme publicação no Diário Oficial da Justiça desta quarta-feira (10). O réu cumpre pena por tráfico de drogas e, na época em que foi preso, foi considerado ‘chefão do tráfico', que comandava formada pela própria família.

A defesa fez o pedido inicial em janeiro, em segunda instância, tentando liminar que determinasse prisão domiciliar ao réu, mediante medidas cautelares. Isso, sob alegação de que o réu atualmente cumpre pena no Presídio de Segurança Máxima em e não recebe o tratamento médico adequado.

Foram juntados laudos médicos no pedido, alegando doenças respiratórias e hipertensão, com isso colocando-o no grupo de risco de contágio do . A turma da 3ª Câmara Criminal decidiu por denegar a ordem de ao réu, que é acusado de tráfico de drogas, também homicídio, associação criminosa e posse de arma de fogo de uso restrito.

Conforme a decisão, há possibilidade de prestação de assistência médica no cárcere e, pela recomendação do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), não é possível conceder a prisão domiciliar ao réu.

Chefão do tráfico

Ele foi preso em dezembro de 2018, após investigações da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico). Na época ele ainda chegou a ‘debochar', dizendo que daria R$ 200 a desembargador e logo estaria na rua.

As investigações apuraram que ele comandava o tráfico na região do Tijuca, movimentando até R$ 700 mil por mês, mantendo a família como quadrilha. A esposa era sócia no esquema e recrutava pessoal para trabalhar, além de fazer pagamentos. A irmã e a cunhada produziam e embalavam a droga. Já o pai era fiscal de vendas e ainda havia uma pessoa que lavava dinheiro da venda do entorpecente.

Integrantes da organização criminosa chegavam a trabalhar 10 horas por dia, com uma hora de descanso e recebiam R$ 900 por mês. Com a família do tráfico foram apreendidos dinheiro em reais e dólares, relógios de luxo, droga e uma pistola. O criminoso também seria dono de imóveis em Santa Catarina e também no Estado que ultrapassavam R$ 5 milhões.

Já já tô na rua

Na prisão, ele acreditava que seria detido apenas pela posse da arma. Neste momento, disse aos policiais da Denar que “qualquer duzentão na mão de um desembargador”, o colocaria em liberdade. “Isso não dá nada não, já já eu estou na rua”, teria dito.