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Polícia

‘Chefão do tráfico’ mantinha família no crime e exigia respeito e cumprimento de carga horária

Após investigação que durou um ano a Polícia Civil desmontou quadrilha liderada Thiago Almeida Paixão,  31 anos, apontado como um ‘chefão’ do tráfico de drogas na região do Bairro Jardim Tijuca. O grupo, composto basicamente por familiares de Thiago, agia há 5 anos e movimentava cerca de R$ 700 mil por mês. Para isso, seguia […]
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Após investigação que durou um ano a Polícia Civil desmontou quadrilha liderada Thiago Almeida Paixão,  31 anos, apontado como um ‘chefão’ do tráfico de drogas na região do Bairro Tijuca. O grupo, composto basicamente por familiares de Thiago, agia há 5 anos e movimentava cerca de R$ 700 mil por mês. Para isso, seguia a risca critérios que iam desde respeito a hierarquia, e cumprimento de padrões de qualidade e escala de serviço.

‘Chefão do tráfico' mantinha família no crime e exigia respeito e cumprimento de carga horária
Foto: Marcos Ermínio

De acordo com informações da equipe que conduziu a operação, participavam da quadrilha além de Thiago, participavam da quadrilha a mulher dele e sócia no esquema, Marília Freitas Teixeira,  34 anos, que recrutava pessoal para trabalhar e fazia pagamentos, a irmã, Jaqueline Paixão de Almeida, de 30 anos, a cunhada, Ana Silvia Cardoso flores, 25 anos, que trabalhavam no processo de produção e embalagem  da droga, o pai, Francisco Cavalcante de Almeida, de 65 anos, que era o fiscal das vendas e Wellington Silveira flores, de 31 anos, que lavava o dinheiro fruto da venda da droga.

A polícia apontou que Ana Silvia e Jaqueline cumpriam jornada de trabalho diária das 8 às 18 horas com intervalo de uma hora para descanso. Pelo serviço, elas recebiam R$ 900 por mês. Francisco era o responsável por garantir que ninguém ‘passasse a perna’ no grupo e que outros traficantes não fizessem concorrência na região dominada por eles.

Para ‘marcar território’ Thiago exigia que o entorpecente que comercializava fosse colocado em uma embalagem característica, que tinha o formato de gota. Já os papelotes, todos eram colocados em uma ‘trouxinha’ preta. A mercadoria vinha em duas versões, uma em grande quantidade, para revendedores, e a ‘versão light’, feita em tamanho reduzido.

Todo o processo de produção e embalagem era feito no laboratório que o traficante mantinha na Vila Fernanda. Thiago e a mulher apenas comandavam o trabalho e não colocavam as mãos na droga. Apesar de vender e serem apontados como simpatizantes de facções criminosas, os suspeitos não pertenciam oficialmente a nenhuma delas.

Com os autores foram apreendidos uma pistola nove milímetros com 17 munições, R$ 3.700, 300 dólares, relógios de luxo, 1 quilo e 606 gramas de drogas e o material usado no preparo dos entorpecentes vendidos. A suspeita é de que o criminoso também tenha imóveis em Mato grosso do Sul e Santa Catariana que ultrapassem R$ 5 milhões.  

“Já, já tô na rua”

De acordo com o delegado Reginaldo Salomão, da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico), quando foi preso em casa e flagrado com a pistola, Thiago ainda não sabia de toda investigação contra ele e acreditou que seria preso somente por porte ilegal de arma de fogo. Neste momento, o investigado teria dito que “Qualquer duzentão na mão de um desembargador”, o colocaria em liberdade. “Isso não dá nada não, já já eu estou na rua”, teria dito.  Segundo o delegado, o traficante tem perfil arrogante.

Alvo de atentado

Em agosto do ano passado Thiago foi baleado depois de ser surpreendido por pistoleiros que invadiram a autopeças administrada por ele no Bairro Jardim Taveirópolis. Segundo apurou a polícia, o ataque foi vingança, já que, anos antes, ele teria matado um traficante que fazia concorrência a ele no bairro.

A operação que desmontou o grupo contou com o trabalho de 42 policiais da Denar e GOI (Grupo de Operação de Investigações).

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