Casal acusado de sequestrar e roubar homem no centro e tirar selfie vai continuar preso
Eles tiraram uma selfie com a vítima durante suposto sequestro
Arquivo –
As prisões em flagrante do casal, de 30 e 42 anos, pelo suposto sequestro e roubo a um homem de 44 anos na madrugada da última sexta-feira (12), foram convertidas em prisões preventivas. Já o homem acusado de ser receptador do carro, que seria entregue a um detento conhecido como ‘Vilão’, teve liberdade concedida.
A decisão é do juiz plantonista F. V. de Andrade Neto, deste domingo (14). Conforme o magistrado, o delegado representou pela prisão preventiva do casal após o flagrante. O juiz entendeu ser imprescindível converter as prisões em preventivas, tanto para garantia da ordem pública, como para aplicação da lei penal.
Além disso, o entendimento é de que, se solto, o casal pode voltar a cometer tais crimes. Já para o receptador não foram identificados requisitos para a prisão preventiva. Ele foi liberado provisoriamente, mas deve cumprir medidas cautelares.
Sequestro e roubo
Preso em flagrante pelo sequestro relâmpago e roubo na madrugada da última sexta, o casal afirma que o motorista teria levado eles para usarem drogas por livre e espontânea vontade. O suposto sequestro aconteceu na frente de uma conveniência, na Rua 26 de Agosto, região central de Campo Grande.
Após a prisão, o homem de 42 anos contou que passou a noite no motel com a comparsa, de 30 anos, e saiu no início da manhã de sexta-feira com ela para usar drogas. O casal teria encontrado o homem de 44 anos saindo da conveniência, que também estaria a procura de drogas.
No relato do autor, o homem teria oferecido o carro para trocar por entorpecentes, dizendo que tinha seguro do veículo e por isso não teria problema. Assim, o trio seguiu para a região da cachoeira do Céuzinho, onde continuou usando entorpecentes. O casal deixou o dono do carro no local e saiu a procura de comprador para o veículo, um Gol.
Assim, teriam recebido mensagens de ‘Vilão’, que está preso na Máxima, dizendo que os autores deveriam deixar o carro na casa de uma terceira pessoa. O casal ganharia R$ 800 pelo serviço e, segundo o homem, ele não usou de violência para roubar o carro e a vítima teria entregado o veículo de livre e espontânea vontade.
A mulher de 30 anos, que teria publicado ‘selfie’ com o comparsa e a vítima do roubo no Facebook, também deu o mesmo relato. Ela contou que o casal encontrou a vítima e que ela teria interesse em usar drogas junto com os suspeitos. Assim, todos saíram juntos no carro em direção ao Céuzinho.
No entanto, ela alega que o dono do veículo “meteu o louco” na droga do casal e queria ficar com o entorpecente deles, momento em que os suspeitos deixaram a vítima no local e saíram com o carro, configurando o roubo. Ela afirma que não sabia da intenção do comparsa de vender o carro.
Já a vítima manteve a versão de que foi sequestrada e ainda obrigada a parar em conveniências da cidade, onde gastou aproximadamente R$ 300. O homem também chegou a dizer que foi obrigado pelos suspeitos a usar drogas.
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