Após manter uma idosa de 81 anos e a sua cuidadora de 51 anos reféns nessa segunda-feira (18), no bairro Coopharádio, em Campo Grande, os dois bandidos presos teriam dito que a intenção era roubar cadeiras da residência. A negociação durou horas, com militares do Bope (Batalhão de Operações Especiais) e com equipes do Batalhão de Choque.

Segundo o capitão Moreira Araújo, comandante do Bope, após a prisão dos bandidos, eles teriam dito que entraram na casa para roubar cadeiras, mas tiveram os planos frustrados quando uma viatura da polícia chegou ao local depois de ligações para o Ciops de uma invasão à residência. 

Mas, segundo o capitão, os bandidos possivelmente mentiram na tentativa de minimizar o crime. Já que, quando os policiais chegaram a casa, visualizaram os criminosos fazendo as mulheres reféns. Os dois foram presos após duas horas de negociação e irão passar por audiência de custódia, onde será determinada ou não pela prisão preventiva. 

A tentativa de roubo frustrada que acabou em cárcere privado das duas mulheres começou por volta das 17 horas dessa segunda (18), quando a dupla armada invadiu a residência. As vítimas foram resgatadas sem ferimentos, mas estavam muito nervosas. Uma unidade da Ursa do fez os primeiros atendimentos as mulheres.

Negociação x resgate

Os sequestradores exigiam a presença da imprensa e entraram em contato com o Jornal Midiamax, por telefone, pedindo para que repórteres permanecessem no local. Todo o contato entre a reportagem e um dos bandidos foi acompanhado por negociadores do Choque.

Segundo o filho da proprietária da residência e vítima, de 59 anos, os bandidos entraram na casa afirmando serem prestadores de serviço da Telems, antiga companhia de telecomunicações do Estado. “Pareceu americano, fiquei com medo de matarem ela”, afirmou.

Uma arma de fogo foi apreendida e as duas vítimas retiradas da casa após 20 minutos da entrada de policiais do Bope e Choque na residência. Policiais do Bope solicitaram que um cinegrafista se aproximasse da grade da residência porque os sequestradores exigiam a presença da imprensa.