Vizinho relata ‘apagões’ ao matar Carla e diz ter dormido dois dias com corpo embaixo da cama

Marcos André Vilalba Carvalho de 21 anos preso acusado do feminícidio de Carla Santana Magalhães de 25 anos, afirmou ter sofrido ‘apagões’ e não se lembrar do momento do assassinato da jovem, que foi morta com facadas no pescoço e degolada, sendo o corpo encontrado em frente a uma conveniência, no bairro Tiradentes, em Campo […]

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Marcos André Vilalba Carvalho de 21 anos preso acusado do feminícidio de Carla Santana Magalhães de 25 anos, afirmou ter sofrido ‘apagões’ e não se lembrar do momento do assassinato da jovem, que foi morta com facadas no pescoço e degolada, sendo o corpo encontrado em frente a uma conveniência, no bairro Tiradentes, em Campo Grande, no dia 3 de julho.

De acordo com o delegado Carlos Delano da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios) em entrevista coletiva nesta quarta (15), Marcos confessou o crime, mas teria dito não se lembrar do momento do assassinato. Na noite do sequestro da jovem, Marcos estava bebendo em frente à sua casa quando Carla passou por ele.

Na sequência, ele diz que acordou no outro dia e a vítima já estava morta no chão do seu quarto. O servente de pedreiro, então, arrastou o corpo de Carla para baixo da cama e saiu para trabalhar normalmente. O corpo da jovem ainda teria ficado embaixo da cama por cerca de dois dias, quando no dia 3 de julho, o autor a arrastou e a deixou sem roupas em frente a conveniência, que fica na esquina da casa da família de Carla.

Vizinho relata ‘apagões’ ao matar Carla e diz ter dormido dois dias com corpo embaixo da cama
Coletiva de imprensa (Henrique Arakaki, Midiamax)

Ainda segundo depoimento prestado por Marcos, ele teria contado que semanas antes do crime estava em frente de sua casa, com as roupas sujas do trabalho, e teria dado um ‘bom dia’ a Carla, que não o respondeu, neste momento ele relatou que teria se sentido rejeitado pela jovem.

O delegado não descarta a possibilidade de que outras pessoas tenham participado do crime, e que as investigações seguem, mas descartou envolvimento de facção criminosa, PCC, e também de organização criminosa no assassinato. Indagado sobre o possível carro usado no sequestro, Delano afirmou que está hipótese foi descartada pela investigação.

Marcos André teria sido ouvido no começo das investigações, assim como, outros moradores da região, mas não teria levantado suspeitas pelo fato de ser muito tranquilo, “ele é recluso, de poucos amigos e pouco relacionamento social”, disse o delegado, que ainda relatou que Marcos ao ser questionado sobre a autoria do crime teria respondido “é evidente que só pode ser eu”.

prisão

Marcos foi preso por equipes do Batalhão de Choque que intensificaram as diligências na região, onde o suspeito morava após receber a informação de que o vizinho de Carla seria o seu assassino, sendo que na noite de segunda-feira (13) por volta das 22 horas, Marcos acabou preso. Ele teve a prisão decretada pela Justiça.  Na casa de Marcos foi encontrado pelos policiais, um lençol sujo de sangue ao lado de um fogão e uma máscara suja de sangue.

O desaparecimento e assassinato

Carla estava desaparecida desde o dia 30 de junho, quando saiu para ir a um mercado na companhia de uma amiga.  No dia do sequestro ela teria gritado por socorro. Ela teria gritado que estava sendo sequestrada antes de ser levada. A mãe da jovem estava assistindo televisão quando ouviu os gritos e ao sair, Carla já tinha sido levada.

A polícia investigava o sequestro e imagens de câmeras de segurança que ficavam em uma padaria já tinham sido analisadas, mas como as imagens estavam prejudicadas não tinha como ver o carro que havia levado a jovem. Áudios captados das imagens do dia do sequestro mostram que Carla teria sido levada por duas pessoas. O corpo de Carla foi deixado em frente a uma conveniência, sem roupas, e com perfurações de faca no pescoço, no dia 3 de julho.

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