Após ser solto por um engano da judiciário, Hugleice da Silva deve se apresentar à Justiça segundo o de defesa José Roberto Rosa. Hugleice é acusado de que terminou na morte de Marielly Barbosa de 19 anos, em Sidrolândia em 2011.

De acordo com o de defesa está sendo tratado com Hugleice a apresentação dele a Justiça, mas que ainda não tem horário certo. Por engano, a Justiça do Mato Grosso colocou em liberdade na semana passada Hugleice, que estava preso por tentar matar a esposa naquele Estado.

A confusão seria por causa de outro processo que ele responde e teve a prisão revogada, que seria por conta do aborto que acabou na morte de Marielly. O advogado José Roberto Rosa explicou que o réu se envolveu em outro problema em 2018, durante uma mudança para Rondonópolis.

Conforme a defesa, ele teria flagrado mensagens no celular da esposa, que indicavam traição dela com o vizinho. Ele então  esfaqueou no pescoço Mayara Barbosa, irmã mais velha de Marielly. “Graças a Deus não houve algo mais grave e ele foi preso por tentativa de homicídio [feminicídio]”, explicou o advogado.

Após o fato, o juiz responsável pelo caso do aborto, de Sidrolândia, ao saber que ele havia sido preso pelo crime contra a mulher no Mato Grosso, decidiu decretar a prisão preventiva novamente. Aí começou a confusão do judiciário. A defesa recorreu contra este novo pedido relacionado ao aborto e foi atendida, tendo alvará de soltura sido expedido.

Ao mesmo tempo, o advogado havia ingressado também com pedido de junto ao TJMT, para que Hugleice fosse solto pela tentativa de feminicídio. O sistema penitenciário acabou fazendo confusão e liberou o réu, acreditando que o alvará de soltura do processo de Mato Grosso do Sul fosse o mesmo pelo qual ele respondia no Mato Grosso.

Caso Marielly

O crime, que causou comoção em , veio à tona quando foi registrado o de Marielly Barbosa Rodrigues no dia 21 de maio de 2011. O corpo da jovem foi encontrado no dia 11 de junho em um canavial em Sidrolândia, já em adiantado estado de decomposição. Em investigações, a polícia chegou à conclusão que Marielly foi vítima de um aborto malsucedido cometido pelo enfermeiro Jodimar Ximenez Gomes, que agora também está em liberdade.

No inquérito que apurou a morte também foi apontada participação direta do cunhado, Hugleice da Silva, na época com 28 anos. Ele teria engravidado a jovem e contratado o enfermeiro Jodimar para realizar o aborto. Tudo como uma tentativa de encobrir a traição, já que a esposa de Hugleice era irmã de Marielly. Durante a época das investigações, tanto a mãe quanto a irmã de Marielly afirmaram que colocariam a “mão no fogo” por Hugleice, e que ele não seria capaz de cometer o crime