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Polícia

‘Missão’ de matar policiais e promotores rendia ‘mesada maior’ do PCC, diz PF

Durante a coletiva de imprensa feita pela Ficco (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado) foi detalhado que membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que tinham ‘missões’ de matar policiais, delegados ou ainda promotores recebiam uma mesada maior da alta cúpula da facção. Nesta segunda-feira (31) foi deflagrada a Operação Caixa Forte […]
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Durante a coletiva de imprensa feita pela Ficco (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado) foi detalhado que membros da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), que tinham ‘missões’ de matar policiais, delegados ou ainda promotores recebiam uma mesada maior da alta cúpula da facção. Nesta segunda-feira (31) foi deflagrada a Operação Caixa Forte II, que cumpriu 600 mandados em todo país e em foram 122 mandados de busca e apreensão e prisão em 11 cidades. Em Campo Grande, oito mulheres usadas como ‘laranjas’ foram presas.

Os alvos na Capital estavam nos bairros, Aero Rancho, Jardim Colúmbia, Rita Vieira, Marajoara, Canguru, Novos Estados, Santa Luzia Jardim Monumento. Também teve uma prisão em Água Clara. Uma das presas na Capital havia emprestado a conta corrente para a nora, mas segundo o advogado dela, a mulher não sabia que seria para o PCC. Durante três meses, a mulher teria recebido valores de R$ 3 mil.

Segundo a , membros da facção que tinham a missão de cometer assassinatos contra agentes públicos ganhavam uma ‘mesada maior’, já outros que entravam no sistema carcerário sendo integrante do PCC, mas sem ter tido qualquer missão ganhavam uma mesada menor. Membros da família eram usados como ‘laranjas’ para não levantarem suspeitas, e assim, a facção não ser rastreada.

Durante a operação desta segunda (31), que cumpriu mandados em 19 estados, cerca de R$ 6 milhões foi apreendido na casa de um dos alvos, na cidade de Santos, em São Paulo. Dinheiro também foi apreendido no exterior. Segundo a Polícia Federal, quem determinava o valor das mesadas a serem distribuídas era a alta cúpula da facção, que hoje conta com mais de 30 mil membros.

Dos 223 presos nesta segunda, cerca de 179 já estavam encarcerados em presídios de todo o país.

Mandados em MS

Os mandados foram cumpridos em Campo Grande, total de 28, em 1 mandado, em Três Lagoas com 1 mandado, Aquidauana, Água Clara, , Bataguassu e Dourados também com um mandado de busca e apreensão e dois em Ribas do Rio Pardo. Mandados de prisão também são cumpridos em Dourados com 3 mandados, Campo Grande com 74 mandados, Bonito, Bandeirantes, Água Clara, Aquidauana e Três Lagoas com 1 mandado e dois em Ribas do Rio Pardo . Foram cumpridos mandados em estabelecimentos prisionais do Estado, um total de cinco.

A operação seria um desdobramento da Caixa Forte, que foi deflagrada, em agosto de 2019. A operação contra a facção está ligada ao tráfico de drogas e lavagem dinheiro e já foram bloqueados cerca de R$ 252 milhões em contas ligadas ao PCC. De acordo com a Polícia Federal esta é a maior operação em bloqueios de contas bancárias ligadas a facção criminosa.

Investigações

As investigações apontam que 210 pessoas detidas em presídios federais recebiam auxílio mensal por terem alcançado cargos de “alto escalão” dentro da facção. Para garantir o recebimento do “auxílio”, os integrantes do grupo indicavam contas de terceiros não pertencentes à facção para que os valores, oriundos de atividades criminosas, ficassem ocultos e supostamente fora do alcance do sistema de justiça criminal.

Além de membros do PCC, familiares e pessoas responsáveis pela e ocultação de patrimônio também são alvos da operação.

PCC

PCC foi fundado em 31 de agosto de 1993 por oito presidiários, no Anexo da Casa de Custódia de Taubaté a 130 quilômetros da cidade de São Paulo, chamada de “Piranhão”, até então a prisão mais segura do estado de São Paulo.

PCC, que foi também chamado no início como Partido do Crime, afirmava que pretendia “combater a opressão dentro do sistema prisional paulista” e “vingar a morte dos cento e onze presos”, em 2 de outubro de 1992, no “massacre do Carandiru “, quando a Polícia Militar matou presidiários no pavilhão 9 da extinta Casa de Detenção de São Paulo.

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