O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), através do promotor de justiça, entrou com novo pedido de prisão preventiva para Igor César Lima de Oliveira, acusado de matar Rafael Baron, de 24 anos. O crime aconteceu em 13 de maio de 2019 e em outubro Igor conseguiu fugir após brecha no processo.

O pedido foi feito ainda em dezembro de 2019, pelo promotor José Arturo Iunes Bobadilla Garcia. Segundo ele, Igor está em local incerto e não sabido e não apresentou nos autos do processo a resposta à acusação, sendo já decorrido o prazo. O MPMS então pede decretação da suspensão do processo e do curso do prazo prescricional.

Além disso, o promotor fez o requerimento de antecipação da prova testemunhal, para coletar depoimentos, já que o relato dessas testemunhas pode ficar comprometido com o passar do tempo e há clara evidência de que Igor estaria tentando se evadir da culpa. Por fim, foi feito pedido de prisão preventiva, com fundamento na garantia da lei penal, uma vez que Igor não pôde ser citado e intimado por estar foragido.

Homicídio e fuga

Rafael foi assassinado com dois tiros, um no pescoço e outro no ombro, após ser solicitado para fazer uma corrida para um casal da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Leblon até o residencial no Jardim Campo Nobre. Na época, Igor teria dito que cometeu o assassinato após Rafael puxar assunto com sua esposa e que estava arrependido do crime.

Promotor faz novo pedido de prisão para acusado de matar motorista de aplicativo
Amigos e colegas fizeram carreata (Foto: Marcos Ermínio, Midiamax)

Igor se apresentou para a polícia no dia seguinte acompanhado de um advogado. Ele já cumpria pena em regime semiaberto pelo crime de roubo naquela época e com o decorrer do processo e uma falha, ele conseguiu fugir. Houve progressão da pena do acusado de semiaberto para aberto no tocante ao crime de roubo e até então não teria sido apresentado a ele um mandado de prisão pelo .

Em 16 de outubro, Igor foi beneficiado pela progressão do regime e conseguiu fugir. Vários motoristas de aplicativos sensibilizados com a causa, após a morte do colega, se reuniram e fizeram carreata no dia 23 pela prisão do rapaz. A Justiça teve que reavaliar o processo para encontrar onde houve a falha e então foi expedido um mandado de prisão, que até o momento não pode ser cumprido.