A defesa de Robson Alves do Nascimento, de 50 anos, entrou com pedido de habeas corpus para o pedreiro, preso em flagrante na madrugada de 22 de dezembro de 2019, acusado de participar da quadrilha que escavou um túnel até a central do Banco do Brasil em . Os advogados alegam que Robson pensava estar atuando em uma obra lícita.

Na peça, os advogados de defesa afirmam que os crimes imputados a Robson não correspondem com a realidade. Além disso, afirmam que ele é réu primário, que nunca respondeu a nenhum processo criminal e que tem moradia fixa em Campo Grande, o que poderia dar a ele direito à liberdade provisória.

A defesa ainda alega que Robson não portava arma de fogo no dia da prisão e nem mesmo resistiu à abordagem. “Foi surpreendido absurdamente pela prisão em companhia da esposa, quando estava andando na cidade”, alegam os advogados, afirmando que só depois ele entendeu o que estava acontecendo.

Segundo os advogados, Robson estava em (MT) e só veio para Campo Grande após ser contratado para trabalhar nas obras de um shopping center. A defesa afirma que ele acreditava trabalhar em uma obra lícita.

O que o réu disse em depoimento

Preso por escavar túnel até banco alega que foi contratado para obra de shopping
Grupo foi preso em flagrante (Foto: Marcos Ermínio, Midiamax)

Para o (Delegacia Especializada de Repressão a a Banco e Sequestro), Robson disse que foi procurado por ‘Gordinho’, que é morador em São Paulo (SP) e que ofereceu a ele oportunidade para ganhar dinheiro. Para isso ele precisaria arrumar uma casa para duas pessoas em Campo Grande.

Foi assim que Robson alugou a residência no Zé Pereira e ao chegar se encontrou com ‘Véio’, apontado a princípio como o mandante do crime, que segue em investigação para identificação. Ele também era responsável por enviar dinheiro para custos da residência e seis pessoas se hospedaram no local.

No depoimento, Robson teria dito que não tinha horário certo para trabalharem, mas afirmou que “tinham a função de cavar o túnel no intuito de atingir o cofre da agência do Banco do Brasil, para subtraírem o dinheiro”. Por fim ele afirmou que receberia R$ 300 mil pelo serviço, mas que a esposa não tinha participação nem sabia do crime.

Robson permaneceu junto com os outros presos por 19 dias nas celas do Garras, sendo transferido posteriormente para o Presídio de Segurança Máxima. A defesa aguarda manifestação do Ministério Público e decisão do juiz.