Na quarta-feira (23) morreu Claudio Rosa de Moraes, um dos presos na sexta fase da Operação Omertà, Arca de Noé, no dia 2 de dezembro. Ele foi detido em flagrante com munições e acabou tendo a prisão mantida, por não conseguir arcar com a fiança de R$ 10 mil.

Conforme apurado pelo Midiamax, Claudio estava detido no presídio de regime fechado da Gameleira e chegou a ser levado ao Hospital Regional, após se sentir mal. Há suspeita de que ele teria se contaminado na unidade prisional, mas o fato ainda não foi confirmado.

No último dia 17, Claudio foi denunciado pelo (Ministério Público de ) pela posse das munições, que estavam guardadas na casa dele, no Carandá Bosque. Na peça é ainda citado que a residência era ponto estratégico da organização criminosa alvo da Omertà, nas investigações do jogo do bicho. Por isso, teria sido alvo de buscas.

Com as munições localizadas, Claudio acabou preso em flagrante.

Outros presos

Ao Jornal Midiamax, o advogado José Roberto Rosa, que atua na defesa de dois presos, Darlene Luiza, apontada como ‘gerente' do jogo do bicho e José Ney contou que também tenta liberdade provisória dos dois e que, atualmente, os presídios estariam com vários casos de , colocando em risco a saúde dos acusados.

Para o advogado, ao contrário de outros réus da Omertà que tiveram denúncia por grave ameaça, crimes contra a vida, entre outros, os presos na sexta fase atuavam em um escritório. “Estamos bem chateados com a situação, não precisava ninguém morrer por isso”, alegou. Isso, porque para a defesa dos presos, o entendimento é que de eles poderiam aguardar o processo em liberdade provisória, com medidas cautelares diversas da prisão.

Mesmo apontada como gerente do jogo do bicho, o advogado afirma que, ao exemplo de Darlene, ela não praticava crime violento. “Era contravenção, nem é considerado crime. A pena não chega a um ano, logo é possível pagar em pena restritiva de direito, não cabe nem prisão preventiva”, afirmou.

Réu com coronavírus

A defesa do policial federal Everaldo Monteiro de Assis, de 61 anos, preso desde 27 de setembro do ano passado, na primeira fase da operação Omertà, também ingressou com uma petição na Justiça pedindo a liberdade provisória dele, depois do diagnóstico positivo para Covi-19, o novo coronavírus.

O documento ressalta, além da idade, o fato de que o preso tem hipertensão arterial sistêmica e câncer no olho. Ainda segundo a defesa, durante as visitas na 3° Delegacia de Polícia Civil, percebeu-se que o fluxo de pessoas é alto, o que aumenta as chances de contágio da doença.

A reportagem entrou em contato com o titular da delegacia, Wilton Vilas Boas de Paula, que explicou que a unidade está funcionando conforme as orientações de saúde e em qualquer caso de sintomas, servidores e presos são isolados.