A inteligência da polícia paraguaia está à procura do André do Rap, líder do PCC (Primeiro Comando da Capital) em Amambay em Pedro Juan Caballero, que fica na com a 346 quilômetros de Campo Grande. André fugiu para a fronteira desde que conseguiu a liberdade em outubro deste ano.

André do Rap estaria em Amambay para reorganizar a facção criminosa PCC depois que grupos de gangues pequenas estavam tentando tomar o controle do tráfico na região, segundo informações passadas da inteligência da polícia paraguaia para o site ABC Color. O narcotraficante teria sido encarregado pelos dirigentes do PCC a pacificar a fronteira entre o Brasil e Paraguai, por ser discreto e calmo.

Com a presença de André do Rap na região as gangues que tentavam dominar a área cessaram os conflitos e se uniram, segundo fontes policiais que estão à procura do narcotraficante em Amambay. Ainda de acordo com a polícia desde 2019 e início deste ano, vários crimes e ataques foram registrados pelas gangues que tentavam assumir o controle do corredor de tráfico de drogas e armas.

Soltura do narcotraficante

André de Oliveira Macedo, conhecido como André do Rap, integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital), foi solto no dia 10 de outubro deste ano, mas teve a soltura cassada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) oito horas depois.

Ele havia sido solto por uma determinação também do STF, do ministro Marco Aurélio Mello. A pedido da PGR (Procuradoria Geral da República), o ministro Luís Fux cassou a soltura do traficante.

Já no dia 13 de outubro teve uma foto e dados incluídos na lista internacional de procurados da Interpol.

Prisão e condenação

Preso desde 14 de setembro de 2019, André do Rap foi condenado a 15 anos e seis meses de prisão, e é responsável pelo envio de toneladas de para a Europa nos últimos anos. Ele foi preso em sua mansão em Angra dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro, e estava na Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, em São Paulo, onde geralmente ficam presos do PCC considerados de maior periculosidade.

Guerra controle do narcotráfico 

Após a execução Jorge Raffat em junho de 2016 há uma disputa na fronteira do Estado pelo controle do narcotráfico. Na tentativa de ‘minar' o terreno para Sérgio de Arruda Quintiliano, conhecido como ‘Minotauro', que também havia entrado na disputa pelo narcotráfico na fronteira, Pavão se uniu a facção criminosas.

As facções criminosas PCC e CV (Comando Vermelho) se uniram na época ao também narcotraficante Jarvis Pavão para a execução de Raffat que foi assassinado com 16 tiros de fuzil e Mag antiaérea. Mas, após a morte de Raffat o grupo acabou brigando e terminando com a parceria.

Pavão foi preso desde 2009 na penitenciária Tacumbu, em Assunção. Ele cumpria pena de oito anos por crimes de lavagem de dinheiro e porte ilegal de armas no Paraguai. No Brasil, ele foi condenado a cumprir pena de 17 anos e oito meses de reclusão pelos crimes de tráfico internacional de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.