O advogado acusado de matar o policial militar Luciano Abel de Carvalho, de 25 anos, na última segunda-feira (19) em acidente de trânsito, escreveu uma carta de retratação, que foi entregue aos advogados no presídio. No documento, ele afirma que escreve como “homem que busca receber perdão”.
O advogado de defesa disse ao Jornal Midiamax que existem divergências nas versões dadas no local do acidente, inclusive com as testemunhas, e a carta busca explicar o “outro lado”. “Ele faz uma retratação com toda a sociedade, porque é réu primário, nunca passou por nada que prejudique a conduta dele, e está extremamente arrependido”, afirma.
O advogado que recebeu a carta ainda afirma que o cliente foi surpreendido com uma testemunha no local, que estava armada. “Essa testemunha foi agressiva e ele saiu correndo por conta da aglomeração, ficou com medo”, justifica.
“Não estou discutindo conduta dos meus atos, contribuíram na morte de alguém. Peço perdão à família, aos amigos e à instituição a qual me representa, Ordem dos Advogados do Brasil, bem como a todos que de alguma forma sofreram ao receber essa notícia”.
Na carta, o advogado preso retrata o histórico como profissional. “A minha família, amigos e conhecidos, muitos sabem da minha índole, do quanto batalhei, lutei para me tornar advogado. Ele [Deus] sabe de todas as coisas… Também sabem que não saí de casa com essa intenção. Mais uma vez, perdão…”, finaliza.
Ainda segundo a defesa, após a audiência de custódia, realizada na terça-feira (20), o próximo passo é entrar com pedido de revogação da prisão. “Agora vamos entrar com pedido de revogação da prisão preventiva, que deve acontecer ainda essa semana”.
