A Justiça manteve a prisão de um militar do Exército do grupo de infantaria, preso com 200 caixas de anabolizantes e uma arma na última terça-feira (03), em Campo Grande. O militar recebe R$ 9,5 mil de salário mensal e alegou que passava por uma crise financeira durante a audiência de custódia nesta quinta-feira (05).

O militar também declarou que tem quatro filhos, por isso revendia os produtos, que ele mesmo comprava no Paraguai. Ele relatou que ficou machucado por causa das algemas e que os policiais não autorizaram que ele fizesse uma ligação. O militar continua preso, à disposição da Justiça.

O subtenente da Infantaria do Exército Brasileiro foi preso na tarde da terça-feira (3) com estoque de 200 caixas de anabolizantes e com uma arma de fogo não registrada. Ele já atuava com a venda dos itens, utilizados por fisiculturistas, há pelo menos cinco anos, de acordo com o delegado Hoffman D’Ávila Cândido e Souza, da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico). Segundo a polícia, o militar era investigado há cerca de três meses e tinha uma vasta rede de clientes no WhatsApp.

Após preso, ele admitiu que comprava pessoalmente a mercadoria no Paraguai e trazia para Campo Grande. Também teria detalhado que as vendas eram intermediadas pelas redes sociais e que os clientes buscavam os itens na residência, localizada na Vila Bandeirantes. O pagamento era facilitado com uma maquininha de cartão, que foi apreendida.

O homem, que também fazia a aplicação dos produtos, confessou que elaborava uma tabela para aplicação dos hormônios para os clientes. Além de anabolizantes, GH (hormônio do crescimento) e testosterona, o militar também oferecia aos clientes pílulas de sibutramina, substância que é utilizada para auxiliar no emagrecimento.