Já se passaram mais de dois meses do de Graziela Pinheiro Rubiano, de 36 anos. Foi em 5 de abril que ela foi vista pela última vez no Balneário Atlântico, acompanhada do marido Rômulo Rodrigues Dias, 33 anos. Nesta quarta-feira (17), ele deve ser preso preventivamente pelo feminicídio.

Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, mesmo sem que o corpo da vítima tenha sido localizado, há indícios suficientes para que Rômulo seja mantido preso. Ele cumpria prisão temporária e a princípio não chegou a assumir o crime. Os trabalhos da Polícia Civil, no entanto, encontraram vestígios de sangue tanto na casa do casal, quanto no carro de Rômulo. O exame de DNA apontou que o material colhido no veículo é da vítima.

Após o juiz Aluízio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Crime de , prorrogar a prisão de Rômulo no dia 18 de maio, foram feitas buscas pela vítima. Na manhã do dia 21, equipes da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios), responsável pelas investigações, e Corpo de Bombeiros estiveram no Jardim Noroeste e no balneário, mas nada foi encontrado.

Mesmo sem que as buscas tenham resultado na localização da vítima, a partir dos indícios do crime foi feito pedido da prisão preventiva. A polícia apurou que Rômulo fez pesquisas na sobre esquartejamento. Há assim suspeita de ele tenha esquartejado Graziela após o . O pedido de prisão foi acatado pelo juiz e o mandado da prisão expedido.

Rômulo deve ser preso preventivamente nesta quarta-feira, quando termina de cumprir a prisão temporária.

Vestígios de sangue

Marido de Graziela tem prisão preventiva decretada e polícia suspeita de esquartejamento
Carro onde foi encontrado vestígio de sangue (Foto: Divulgação)

No dia 22 de maio, o Midiamax noticiou que vestígios de sangue foram encontrados no carro de Rômulo, após perícia. As amostras foram coletadas no banco traseiro do Corsa do suspeito. Dois dias antes, na noite de 20 de maio, policiais da DEH e equipe da Perícia foram até a casa de Graziela, onde foi feito teste com luminol.

Com o teste, várias marcas de sangue foram encontradas. Em uma dispensa, a marca que indicava material genético, no caso sangue, indicava uma pegada humana. Em um cômodo, que não seria dentro da casa deles, uma poça de sangue de 1,5 metro de comprimento por 2,5 metros de largura.

No tanque, pia, em uma toalha e em uma escova de lavar roupas também havia vestígios de sangue.

Desaparecimento de Graziela

Rômulo chegou a contar para a polícia que, no dia do desaparecimento da esposa, teria ido com ela até o Balneário Atlântico. Lá, o casal tem um loteamento e estava construindo. O marido disse que a vítima pulou em um lago, o que teria gerado uma briga entre eles.

O marido ainda revelou que após a briga, Graziela saiu rumo ao lago e não retornou mais. Ele também disse que ficou na cozinha terminando a construção e como ela não retornou, foi embora para casa. No dia seguinte, como trabalham na mesma empresa, Rômulo levou chave, uniforme e entregou ao chefe dizendo que Graziela não voltaria mais.

Em uma segunda versão, o marido manteve a mesma história do loteamento, mas mudou um trecho. Ele afirmou que uma mulher homossexual teria procurado o casal e perguntado se Graziela morava ali. Ele disse que sim, então essa mulher passou a xingar Graziela fazendo acusações de que a estudante teria um caso extraconjugal com a companheira dela. Ela também teria mostrado um vídeo para Rômulo, em que a esposa se masturbava.

Segundo Rômulo, o casal brigou após ele questionar sobre o vídeo, sendo que Graziela ficou com vergonha e saiu. Na versão de Rômulo, Graziela não levou os pertences pessoais, também deixou carro, moto e o terreno que pertenceria ao casal. Até o momento, nenhuma das versões contadas por Rômulo foi confirmada como verdadeira. Ele ainda não teria esclarecido o motivo do sangue na casa ou no carro.

*Matéria editada às 8h10 para acréscimo de informações