A Polícia Civil de investiga se houve relação entre a morte de uma de 90 anos, ocorrida no último sábado (30), e as agressões que ela sofreu por parte de uma acompanhante quatro dias antes, no Hospital São Julião. De acordo com o delegado Márcio Shiro Obara, da 2ª Delegacia de Polícia, o resultado de laudo necroscópico do (Instituto de Medicina e Odontologia Legal) é fundamental para esclarecimento dos fatos.

O procedimento é capaz de apontar se as lesões sofridas foram capaz de provocar o óbito. Obara lembrou que apesar de ter levados tapas, beliscões e ser sufocada com um travesseiro pela cunhada, conforme já noticiado pelo Midiamax, a vítima tinha idade avançada e lidava com graves problemas de saúde. “Por isso a importância do resultado do laudo”, limitou-se a dizer o delegado, garantindo que, independente do que for apontado, a suposta autora vai responder pelo crime de maus-tratos. “O inquérito já está em andamento”, pontuou.

Agressões

Conforme relatado, a vítima estava no hospital São Julião, acamada, com alimentação por sonda e contenção mecânica dos membros em razão de alteração de comportamento. Ela havia dado entrada por conta de uma fratura no fêmur. O irmão explicou que, em razão do período prolongado de internação, os familiares se revezavam nos cuidados. No último dia 26 de maio, a cunhada ficou com ela e foi flagrada cometendo as agressões.

Uma testemunha informou que viu a mulher batendo, beliscando e tentando sufocar a vítima com o travesseiro. Porém, ao notar que havia sido flagrada, cessou os atos. Logo depois, ao visitá-la, o irmão viu que a idosa tinha vários hematomas no rosto, nariz e perto dos olhos. Ainda conforme boletim de ocorrência, ao tomar conhecimento dos fatos, o hospital orientou que o caso fosse levado ao conhecimento da polícia.

Vítima não resistiu

Os fatos tiveram início quando a mulher deu entrada no Hospital Darci Bigaton, em Bonito, no dia 18 de março, com fratura no fêmur, tendo sido encaminhada para a Santa Casa de Campo Grande e posteriormente para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Coronel Antonino.

Da UPA, foi transferida para o Hospital São Julião no dia 16 de maio. Além da fratura, ela tinha doenças como . No dia 26 de maio, foi agredida pela cunhada no hospital, motivo pelo qual foi registrado boletim de ocorrência. No sábado ela acabou falecendo e foi registrado novo boletim de ocorrência, desta vez na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, para apurar as circunstâncias da morte.