Na última terça-feira (15), juíza de Ponta Porã, cidade a 346 quilômetros de , autorizou que Ederson Salinas Benitez se ausente do município por 20 dias. O pedido é para que ele passe as festividades de fim de ano na Capital, retornando para a fronteira em 7 de janeiro.

Conforme o pedido da defesa, o acusado pede para passar as festas de fim de ano com a família, em Campo Grande. O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), que em chegou a citar o expediente da Polícia Federal que aponta Ederson como liderança do PCC (Primeiro Comando da Capital), não se opôs ao pedido.

A juíza Sabrina Rocha Margarido pontuou na decisão que, em liberdade provisória, Ederson tem comparecido em juízo mensalmente, cumprido com as obrigações legais. Com isso, autorizou a viagem, que deve ocorrer em 20 de dezembro.

Guerra na fronteira com o Paraguai

No fim de novembro, série de atentados, sequestros e mortes na região de fronteira entre Ponta Porã e Paraguai indicavam uma nova guerra pela retomada de poder do PCC. A polícia paraguaia chegou a anunciar que, após a saída de Sérgio de Arruda Quintilliano Neto, o ‘Minotauro', do cenário de controle do tráfico por conta da prisão, agora o grupo seguiria comandado por Ederson.

Com isso, o acusado estaria tentando expandir os negócios, retomando o controle da região para e armas. A defesa chegou a alegar que Ederson é empresário há anos na fronteira e não trabalha nem nunca laborou ilicitamente, nem sequer tem envolvimento com tais crimes. Ainda foi dito que ele “nunca exerceu a função de chefia de organização criminosa”.

Prisão e liberdade

Ederson foi preso em 19 de janeiro deste ano, em ação de policiais da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos) e Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) de Campo Grande, que atuavam na região de fronteira. Naquele dia, ele se envolveu em uma e acabou preso com arma ilegal e ainda dinheiro sem procedência.

Após a prisão, foi descoberto que ele usada identidade falsa, se apresentando inicialmente como Edson Barbosa Salinas. Com a descoberta da real identidade de Ederson, a Polícia Federal chegou a se manifestar, alegando que ele era investigado por ser liderança do PCC e foi feito pedido de alerta por conta da prisão.

Pouco menos de um mês depois, Ederson foi liberado provisoriamente mediante pagamento de fiança, no valor de R$ 80 mil. A liberdade foi concedida com medidas cautelares como não se ausentar da cidade sem prévia autorização, recolhimento domiciliar no período noturno e comparecimento mensal ao juiz.

No dia 7 de fevereiro, a advogada de defesa havia feito novamente um pedido de revogação da prisão de Salina, que está encarcerado desde o dia 19 de janeiro.