PCC sequestra 6 e reinicia guerra pelo controle do tráfico na fronteira com Paraguai em MS

A guerra pelo controle do tráfico de drogas e armas iniciou uma ofensiva na fronteira do Paraguai com Ponta Porã a 346 quilômetros de Campo Grande, com seis pessoas sequestradas e carros incendiados. O grupo de Edson Barbosa Salinas, que supostamente seria um dos líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital), seria o responsável pelos […]

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A guerra pelo controle do tráfico de drogas e armas iniciou uma ofensiva na fronteira do Paraguai com Ponta Porã a 346 quilômetros de Campo Grande, com seis pessoas sequestradas e carros incendiados. O grupo de Edson Barbosa Salinas, que supostamente seria um dos líderes do PCC (Primeiro Comando da Capital), seria o responsável pelos ataques.

Os ataques começaram na tentativa de controle do tráfico na região para tomar a fronteira. Informações da polícia paraguaia são de que após a saída de Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, o Minotauro, do cenário do controle do tráfico, o grupo de Edson Salinas estaria tentando expandir seus ‘negócios’ para o controle total na fronteira paraguaia.

Mas em resposta, a defesa de Salinas afirmou que ele é ‘empresário há anos na fronteira, não trabalha e nunca laborou ilicitamente e não possui qualquer envolvimento com os crimes”. Ainda segundo a defesa, ‘nunca exerceu a função de chefia de organização criminosa’.

Segundo o site ABC Color, Salinas seria um dos homens de confiança de Minotauro, que acabou preso em fevereiro de 2019. Depois da prisão de Sérgio Arruda Quintiliano, Edson teria tentado reativar a organização para ocupar o posto de chefia, conforme o site paraguaio.

Salinas chegou a ser preso em janeiro deste ano, em Ponta Porã a 346 quilômetros de Campo Grande. E segundo o jornal, O Estadão, ele havia pagado fiança de R$ 80 mil, mas depois teve a soltura suspensa quando o juiz Marcelo Guimarães soube que Edson usava identidade falsa.

Avião sequestrado

Dois dos sequestrados seriam de família influente na região. Um dos pais de uma das vítimas teria recebido ligação avisando sobre a morte de seu filho logo após o sequestro dele. Carros que seriam das vítimas foram incendiados. Um dos carros estaria no nome de um advogado paraguaio, que não teve o nome revelado.

Um avião que estava pronto para decolar na nesta quarta-feira (25) teria sido interceptado por membros da facção criminosa PCC, no aeroporto paraguaio, sendo que de dentro da aeronave um dos passageiros foi retirado e levado pelos faccionados. Antes de darem o ‘bote’ no avião, os membros da facção teriam tentado sequestrar o alvo em um quarto de hotel.

O policiamento na fronteira estaria sendo reforçado para que os crimes não ultrapassem para o lado brasileiro. Segundo a assessoria de comunicação da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) a Força Nacional está na fronteira, mas ainda não se sabe se mais policiais serão enviados para manter a ordem.

Guerra do narcotráfico

Desde a prisão de Minotauro em fevereiro de 2019 e o assassinato de Jorge Rafaat em junho de 2016, organizações criminosas, entre elas o PCC (Primeiro Comando da Capital) tentam dominar a região no controle do narcotráfico.

Edson Salinas supostamente é apontado como responsável pelas execuções de Chico Gimenez, tio de Jarvis Pavão, e da advogada Laura Marcela Casuso. Ainda há informação de que ele seria proprietário da casa onde foram presos 15 membros do primeiro escalão do PCC, comandados por Minotauro, em fevereiro de 2019.

Parte desses membros da organização criminosa que foram presos estavam entre os que fugiram do Presídio de Pedro Juan Caballero na madrugada de domingo.

Execução de Rafaat

Jorge Rafaat foi executado com mais de 16 tiros na noite do dia 15 de junho de 2016, em Pedro Juan Caballero, na fronteira. Os autores do assassinato do narcotraficante usaram armas de grosso calibre para o crime, fuzis AK 47, Mag antiaérea e metralhadoras. Os suspeitos estariam em três veículos.

As armas furaram a blindagem do Jipe Hummer ocupado por Rafaat. Várias outras pessoas teriam ficado feridas, dentre elas um policial identificado como Jorge Espindola. Um dos seguranças de Rafaat morreu durante o tiroteio, que durou mais de 20 minutos e foi mostrado nas televisões do mundo todo.

(Matéria editada às 9h36 do dia 27/11 para acréscimo de informações da defesa de Edson Salinas, encaminhada posteriormente a publicação) 

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