Jovem é espancada depois de chamar marido para ir embora de ‘festinha’ na madrugada

Uma jovem de 20 anos foi socorrida por policiais militares da cidade de Água Clara a 193 quilômetros de Campo Grande, depois de ser espancada pelo marido de 31 anos durante a madrugada desta quinta-feira (9). Informações do boletim de ocorrência são de que, a esposa havia chamado o marido para ir embora de uma […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Uma jovem de 20 anos foi socorrida por policiais militares da cidade de Água Clara a 193 quilômetros de Campo Grande, depois de ser espancada pelo marido de 31 anos durante a madrugada desta quinta-feira (9).

Informações do boletim de ocorrência são de que, a esposa havia chamado o marido para ir embora de uma ‘festinha’ que estava acontecendo por volta das 2 horas da madrugada desta quinta (9), na casa do vizinho quando o homem não teria gostado e passou a espancar a vítima, com socos no abdômen e ainda a arrastou pelos cabelos.

Na tentativa de se defender, a mulher desferiu tapas contra o homem. Ela conseguiu fugir para a frente da casa e pedir ajuda ligando para a polícia, que foi até o local e levou o autor preso. Ele tinha algumas escoriações devido a ter entrado em luta com a mulher que era agredida.

Dados

Dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) são de que desde o início do ano até esta quinta-feira (9) foram registrados 1.540 casos de violência doméstica em todo o Estado.

Isolamento e violência doméstica

A coordenadora do Nudem (Núcleo Institucional de Promoção e Defesa dos Direitos da Mulher), a defensora Thais Dominatro Silva Teixeira, explicou ao Jornal Midiamax que no isolamento a violência contra a mulher acaba aumentando, já que as tensões crescem e são acompanhadas de agressões.

“Nós estamos vivendo um momento em que o distanciamento social é a principal recomendação para impedir a propagação do coronavírus e isso tem mantido as pessoas em casa para evitar o contato de umas com as outras. Contudo, a ONU Mulheres já reconheceu que é em contexto de emergência, como esse, que aumentam os riscos de violência contra mulheres, especialmente, a violência doméstica. Assim, nós reforçamos que ficar em casa e se proteger da Covid-19 não pode significar mais violência contra a mulher. Um triste exemplo desse cenário é a China, que registrou aumento dos casos de violência doméstica contra as mulheres na quarentena”, afirmou a coordenadora.

Denúncias

Em caso de denúncias, a vítima pode ligar para o 190 em caso de emergência, e também para o disk denúncia 180. A Defensoria Pública também está atendendo os casos urgentes, de segunda a sexta, das 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 17h30, por meio do telefone: 3313-5835 / 9956-1872 (WhatsApp).

Conteúdos relacionados