Com o período de isolamento durante a pandemia do novo coronavírus (), pode aumentar a incidência de violência doméstica, conforme apontou o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. Em , a delegacia especializada atende 24 horas por dia e alerta para que as mulheres denunciem qualquer situação de violência.

A (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) está aberta todos os dias e funciona na Casa da Mulher Brasileira, localizada na avenida Brasília, , próxima ao Aeroporto Internacional de Campo Grande.

Isolamento pode aumentar violência doméstica e Deam alerta para denúncias
Deam alerta para que mulheres denunciem. Imagem: Divulgação

A delegacia alerta para que as mulheres denunciem qualquer tipo de violência doméstica. Também orienta que vizinhos, ou qualquer pessoa que tiver conhecimento de casos de violência, denunciem pelo 180. “O que para muitas é isolamento social, para outras se torna um verdadeiro terror”, afirma a Deam.

Na última sexta-feira (20), a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, afirmou que o período de isolamento pode aumentar o número de violência doméstica no Brasil. Nas redes sociais, ela pediu ajuda para divulgar o Ligue 180 (para violações contra mulheres) e o Disque 100 (para casos que envolvem crianças e idosos). Segundo a pasta, 90% dos casos de violência ocorrem no local onde as vítimas moram.

“Preciso que todos vocês compartilhem o máximo possível o Ligue 180 (para violações contra mulheres) e o Disque 100 (no caso de agressões a crianças, idosos, etc). Nesse período em que teremos mais pessoas em casa há um risco maior. Me ajudem”, escreveu Damares no Twitter.

Esta semana, a ONU Mulheres elaborou um documento sobre os possíveis impactos da crise gerada pelo Covid-19 para as mulheres. Entre eles, está o aumento da violência de gênero. A entidade avalia que o impacto econômico da pandemia pode criar “barreiras adicionais” para deixar um parceiro violento.

A ONU Mulheres recomenda, entre outras coisas, que o governo garanta a continuidade dos serviços essenciais para responder à violência contra mulheres, desenvolvendo novas modalidades de prestação de serviços no contexto atual. Além disso, a entidade defende que é necessário aumentar o apoio às organizações especializadas de mulheres para fornecer serviços de apoio nos níveis local e territorial.