Investigação flagra suposto fornecedor do PCC em MS negociando armas para o RJ
Na tarde desta quinta-feira (5) foi inserida peça nos autos do processo da terceira fase da Omertà, Armagedom, que revela negociação de venda de armas. Trata-se da perícia do celular de Davison Ferreira de Farias Campos, um dos denunciados pelo crime de tráfico de armas. Segundo o documento do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de […]
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Na tarde desta quinta-feira (5) foi inserida peça nos autos do processo da terceira fase da Omertà, Armagedom, que revela negociação de venda de armas. Trata-se da perícia do celular de Davison Ferreira de Farias Campos, um dos denunciados pelo crime de tráfico de armas.
Segundo o documento do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), em uma das conversas o Davison negocia a venda de armas para o Rio de Janeiro. Na ocasião, ele diz em um grupo do WhatsApp que é de Campo Grande e usa a sigla “1533”, referente à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).
Assim, começa a conversa com uma pessoa do Rio de Janeiro (RJ) e fala sobre um fuzil 7.62. Além disso, afirma que comprava as armas em Ponta Porã e que venderia para qualquer região do Brasil. Também segundo Davison, cada armamento custaria entre R$ 15 e R$ 40 mil para chegar ao Rio de Janeiro.
Ainda segundo o Gaeco, Davison ostentava as armas ilegais, com fotos que enviava pelas redes sociais. As imagens também foram anexadas aos laudos da perícia. Além disso, logo após a segunda fase da Omertà, Davison troca mensagens com uma pessoa e fala que Lukinhas (Lucas Silva Costa) tinha sido um dos alvos.
Por fim, alega que a polícia não encontrou as armas dele e que a pessoa “não precisava esquentar”. Davison foi denunciado e se tornou réu por tráfico de armas.
Armagedom
O objetivo da terceira fase da Omertà foi de desbaratar organização criminosa atuante em Mato Grosso do Sul, especialmente na região de fronteira, dedicada à prática dos mais variados crimes. Segundo o Gaeco, são crimes como tráfico de armas, homicídios, corrupção e lavagem de dinheiro.
Com isso, naquele 18 de junho foram cumpridos pelo Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assalto e Sequestro), com apoio do Batalhão de Choque, Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) e GPA (Grupo de Policiamento Aéreo) 18 mandados de prisão preventiva e 2 mandados de prisão temporária. Também houveram 20 mandados de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande, Ponta Porã, Ivinhema e, com o apoio do Gaeco de São Paulo, em Peruíbe.
Alvos da operação
Durante a ação foram presos: Benevides Cândido Pereira, o Benê, o investigador da Polícia Civil Célio Rodrigues Monteiro, o Manga Rosa, Cinthya Name Belli, também policial civil Frederico Maldonado de Arruda, o Fred, Elvis Elir Camargo Lima, o ex-deputado estadual e conselheiro do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul) Jerson Domingos, Lucas Silva Costa, o Lukinhas, Lucimar Calixto Ribeiro, o Mazinho, o delegado da Polícia Civil Márcio Shiro Obara, Rogério Luis Phelippe e Rodrigo Betzkowski de Paula Leite, o Rodrigo Patron, todos estes alvos de Campo Grande.
Já em Ponta Porã foram alvos: Fahd Jamil, o Fuad, o filho dele Flávio Correia Jamil Georges, o Flavinho, que não foram presos, Melciades Aldana, o Mariscal, Marco Monteoliva (que estaria agora em São Paulo) e Thyago Machado Abdulahad (que estaria em Ivinhema). Enquanto os mandados de prisão temporária foram expedidos contra Davison Ferreira de Farias de Campos e Paulo Henrique Malaquias de Souza, em Campo Grande.
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