O assassinato do taxista Luciano Barbosa de 44 anos teria acontecido depois que o adolescente de 17 anos e mais uma jovem de 21 anos teriam combinado roubos na cidade para vender o carro por R$ 12 mil, em Sidrolândia para onde o veículo seria levado a pedido de um homem conhecido como ‘Paraguaio’. A outra mulher, de 19 anos, presa envolvida no crime teria sido quem pediu a corrida pelo aplicativo.

O garoto estaria em uma festa junto da jovem quando os dois resolveram fazer roubos na cidade na noite de sábado (25), sendo que ele pediu para a namorada de 19 anos, que estava em casa no Jardim São Lourenço para pedir pelo aplicativo um táxi. A mulher teria usado um CPF, uma conta, de um ex-namorado para fazer o pedido da corrida. Esse homem não teria envolvimento no crime, ele estava trabalhando no momento do assassinato. Ele prestou depoimento e foi liberado.

Segundo o delegado da Defurv, Pablo Farias, o garoto contou que entrou em contato com o irmão que está preso no Presídio de Segurança Máxima de para pegar o contato de um homem identificado como ‘Paraguaio’ para poder levar o carro até Sidrolândia. O veículo seria entregue na cidade por R$ 12 mil.

O trajeto da corrida até a morte de Luciano durou 18 minutos, e quando anunciado o o garoto teria feiro o disparo em 40 segundos e assassinado o taxista. O delegado contou que o adolescente teria dito que na hora do assalto, o taxista teria reagido e por isso mataram ele com um tiro na cabeça. A dupla teria resolvido abandonar o carro depois de perceber que haviam assassinado o taxista.

O carro foi abandonado primeiro no bairro Guanandi, e depois levado por uma outra pessoa que ainda não foi identificada para o , e o corpo desovado no Indubrasil. A arma usada foi encontrada na casa onde os três moravam e todos levados para a delegacia. O garoto já teria passagens por estuprar uma ex-namorada e por outro . Ele havia deixado a Unei (Unidade Educacional de Internação) em março deste ano, após ele ficar internado na unidade por um sequestro, em janeiro.

Latrocínio

Luciano Barbosa foi assassinado com um tiro na cabeça após o roubo de seu veículo Volkswagen Virtus. Ele teria aceitado fazer uma corrida de táxi para um casal, que solicitou a rota de um shopping da cidade até o Jardim Carioca, segundo contou o irmão da vítima, Lucas Barbosa.

Lucas conversou com o Jornal Midiamax e disse que Luciano teria dito ainda para a irmã antes de sair que aceitaria porque deveriam ser trabalhadores, já que sairiam do shopping para o bairro. A identidade da mulher que fez o pedido da corrida foi informada para polícia pela cooperativa onde o taxista trabalhava. A vítima era taxista há 20 anos.

Ainda segundo o Lucas, Luciano disse que iria fazer a corrida para não atrasar a segunda parcela do carro, que havia comprado recentemente já que estava tendo pouco trabalho por conta da pandemia do coronavírus (Covid-19). “Ele era muito trabalhador”, disse o irmão.

Ele ainda relatou que o taxista tinha medo de ser assaltado, apesar de nunca ter sido roubado. “Agora só Deus para confortar a nossa família”, finalizou. O taxista deixou uma filha de 12 anos.

O corpo de Luciano foi encontrado na manhã deste domingo (26) em um matagal, no prolongamento da Avenida Duque de Caxias, já na região do Indubrasil, em Campo Grande. Havia uma marca de tiro na cabeça de Luciano. A irmã do taxista foi quem procurou a polícia na madrugada de domingo, para denunciar o desaparecimento.

O carro do taxista foi achado pouco antes do corpo, no bairro Santa Emília sem nenhuma das rodas. Cerca de 20 taxistas, que desde a madrugada ajudavam nas buscas do colega, foram para o local onde o corpo foi encontrado.