Emocionados e sem conseguir entender a morte prematura de Luciano Abel de Carvalho Nunes, que teve sua vida interrompida em um acidente nesta segunda-feira (19), na Avenida Ministro João Arinos, em Campo Grande, amigos e familiares se despedem do militar nesta terça-feira (20).

Luciano é descrito como uma pessoa alegre, ‘brincalhona’ e que sempre estava bem. Assim é como o amigo Higor Batiste vai se lembrar do militar com quem dividia a paixão por motos, já que os dois participavam de um clube. Outro amigo do policial, Valdison contou que a última vez que viu Luciano foi no sábado (17), “como se fosse uma despedida”.

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Higor Batiste, amigo de Luciano (Henrique Arakaki, Midiamax)

Ele ainda contou que no dia do acidente conversou momentos antes com Luciano combinando de marcarem um churrasco para om próximo fim de semana. “Fica o sentimento de raiva. Luciano quase não andava com aquela moto, ele estava usando por que estava sem carro no momento. Ele não corria de moto, não tem como ele estar errado. Espero a Justiça, se não estiver na terra, terá diante de Deus”, disse o amigo. Durante a despedida de Luciano, amigos e familiares cantaram um louvor que tinha como trecho, “Deus me deu, Deus tomou”.

A família, ainda em choque pela morte de Luciano, preferiu não falar com a imprensa. A mãe do militar, Edeves Carvalho tentou na segunda (19) falar com o advogado que estava preso na 3 Delegacia de Polícia, sendo levado depois para o Presídio Militar. Edeves não conseguiu falar com advogado, mas disse que ele precisava ver a for que causou.

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Valdison, amigo do militar morto no trânsito (Henrique Arakaki, Midiamax)

“Eu nunca mais vou ouvir ele me chamara de mamãe”, falou aos prantos a mulher que ainda disse “Eu não acordei de manhã para isso, mas agora estou passando por isso”, disse a professora na porta da delegacia.

O acidente

O acidente que acabou na morte de Luciano aconteceu por volta das 4 horas desta segunda, quando o militar estava na sua motocicleta, na rua Centauria para entrar na Avenida Ministro João Arinos e o carro Cobalt, de cor branca, estava vindo na avenida e quando a motocicleta atravessou houve a colisão. Com a colisão, o corpo do militar foi parar no canteiro central.

O militar morreu no local. O motorista tentou fugir a pé depois de abandonar o veículo no meio da avenida, mas foi alcançado perto da Cepol e preso. O motorista não tinha CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e estava embriagado, sendo que o teste do etilômetro deu como resultado 0,79 mg/l.