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Polícia

Defesa de oficial que matou marido espera absolvição como ‘mensagem para a sociedade’

“Com tantas mulheres sendo vitimadas todos os dias por seus algozes, a absolvição da Itamara é uma forma de mostrar o outro lado da moeda”, disse o advogado José Roberto Rodrigues da Rosa. O júri popular de Itamara estava marcado para o dia 19 de junho, mas acabou suspenso na última quinta-feira (11), devido aos […]
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“Com tantas mulheres sendo vitimadas todos os dias por seus algozes, a absolvição da Itamara é uma forma de mostrar o outro lado da moeda”, disse o advogado José Roberto Rodrigues da Rosa. O popular de Itamara estava marcado para o dia 19 de junho, mas acabou suspenso na última quinta-feira (11), devido aos casos de coronavírus no Estado. O crime aconteceu em 2016.

Rosa disse ao Jornal Midiamax que a expectativa para o julgamento de Itamara é que a sociedade veja que a vítima (a oficial da PM) se defendeu de agressões e de seu algoz – no caso o major da  Valdeni Lopes Nogueira, que foi morto a tiros em sua casa, no Santo Antônio.

Antes de ter o julgamento marcado, a defesa tentou a absolvição sumária unto ao STF (Supremo Tribunal Federal), mas teve o agravo negado pelo tribunal. Em novembro de 2019, Itamara foi reformada administrativamente, o que significaria uma compulsória. Ela foi julgada por três coronéis do Conselho da Polícia Militar, que parcialmente chegaram a conclusão depois de analisar os 27 anos da carreira de Itamara, a dinâmica dos fatos e os relatos de testemunhas, que a tenente deveria ser reformada administrativamente, não podendo mais voltar as suas funções, diferente da reserva em que o oficial pode voltar.

Para a defesa, o júri popular da oficial já era esperado, “Sempre preparei e disse a ela (Itamara), que não havia como não ir a julgamento”. A expectativa da defesa é que os jurados vejam que ela apenas se defendeu das agressões que estava sendo submetida.

Relembre o caso

Durante uma briga, a tenente-coronel teria efetuado dois disparos contra o marido. O major Nogueira chegou a ser levado para a Santa Casa com um ferimento do tórax, mas não resistiu. Em dezembro de 2016 a Polícia Civil concluiu o inquérito sobre o homicídio e comprovou a versão apresentada por Itamara, a de legitima defesa.

Para a polícia, a policial, que chegou a participar de uma reconstituição do crime, afirmou que estava sendo agredida pelo marido e que no momento em que ele saiu para buscar a arma no carro, ela reagiu. No dia do crime, 16 de julho de 2016, Itamara foi presa em flagrante, mas acabou liberada logo em seguida e desde então responde o processo em liberdade. A primeira audiência sobre o caso aconteceu no dia 3 de outubro de 2017, às 13h30. Dez testemunhas de acusação foram ouvidas. A segunda audiência aconteceu no dia 21 de novembro de 2017, e a própria Itamara e outras nove testemunhas, essas de defesa, prestaram depoimento.

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