A defesa do empresário Jamil Name protocolou pedido de intimação de testemunhas, na última sexta-feira (10), em Campo Grande. Os advogados ainda alegaram na peça que a acusação do assassinato, de Matheus Coutinho, imputada a Jamil Name seria uma ‘vingança pessoal’ do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado).

Segundo os advogados, a defesa do empresário estaria prejudicada já que ele estaria preso na penitenciária federal de Mossoró/RN, não conseguindo avisar seus defensores sobre as citações e prazos. Ainda segundo a defesa, Name desconheceria a acusação pelo assassinato de Matheus Coutinho, no dia 9 de abril de 2019. O estudante foi assassinado em frente a sua casa, com tiros de fuzil.

A defesa alega que a acusação seria ‘vingança pessoal’ por parte do Gaeco, e que sua inocência será provada durante a instrução criminal, e por último os advogados pedem a intimação de testemunhas para depoimento.

Jamil está preso desde o dia 27 de setembro do ano passado depois da deflagração da Operação Omertà, contra organização criminosa de execuções no Estado. No dia 5 de novembro, o empresário foi transferido para o presídio federal de Mossoró,

No dia 28 de dezembro foi protocolado junto ao STF (Supremo Tribunal Federal), novo pedido de habeas corpus a Jamil Name. Na ocasião, o corregedor alegou que aquele estabelecimento “não comporta abrigar preso, que é idoso, com problemas de saúde que reclama tratamentos não oferecidos na unidade prisional federal”. Diante disso, o Juízo da Vara de Execução Penal da Capital recorreu pedindo suspensão liminar da determinação do colega da Justiça Federal de Mossoró.

Omertà

O Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) e o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), com apoio dos Batalhões de Choque e o Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar, cumpriram mandados de prisão preventiva, prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, nas cidades de Campo Grande e Bonito.

A ação levou a prisão de policiais civis, guardas municipais, policial federal e até militar do Exército, suspeitos de integrarem uma organização criminosa voltada à prática dos crimes de milícia armada, porte ilegal de armas de fogo de uso restrito, homicídio, corrupção ativa e passiva, entre outros crimes.

As investigações do Gaeco tiveram início em abril deste ano, com o objetivo de apoiar as investigações dos homicídios de Ilson Martins Figueiredo, Orlando da Silva Fernandes e Matheus Coutinho Xavier, conduzidas pelo Garras.