O juiz Mário José Esbalqueiro Júnior decretou a prisão preventiva de Daniela Dias do Nascimento, do namorado Kleber Araújo Guimarães e do auxiliar de mecânico Leivison de Souza Melchiades, por participação no do policial militar aposentado Valdecir Ferreira, de 59 anos, encontrado morto na casa de casa no bairro Azaléia, em .

Conforme já noticiado, na manhã de domingo, a filha do militar acionou a PM após ter sido informada pela irmã que um desconhecido havia encontrado o celular do pai jogado na rua e pretendia devolvê-lo. As irmãs imaginavam que pudessse se tratar de golpe, mas por via das dúvidas uma delas foi até a casa do pai, onde chamou por ele insistentemente.

Como ele não respondeu, ela subiu no muro e viu o corpo dele, ocasião em que acionou os policiais. A equipe entrou no local e constatou que ele já estava morto e viu que a casa estava revirada, sinalizando para um crime de . Havia muitas latas de bebida alcoólica, além de objetos de criança, como fraldas e uma mamadeira. Esse cenário levantou a suspeita de que uma com a qual a vítima já tinha mantido relacionamento, pudesse estar envolvida.

A equipe policial deslocou-se até o paradeiro da suspeita, um apartamento invadido no bairro Jardim Tijuca, e encontrou-a na companhia do atual namorado e de um amigo, bem como na posse de alguns pertences da vítima. Imediatamente, Daniela confessou ter planejado o crime, juntamente de seu namorado Kleber, e chamado o amigo para participar.

Ela teria dito que, após consumirem bebidas alcoólicas na parte externa da casa, os dois homens pegaram a vítima, levaram-no para o quarto, onde o enforcaram com um cinto e depois o esfaquearam. Após matar o homem, os três roubaram objetos de valor, além de quantia em dinheiro que encontraram no imóvel. Eles chamaram um motorista de aplicativo e, no caminho de volta para a casa da suspeita, desfizeram-se do cinto usado no estrangulamento e do celular da vítima.

Já na delegacia, tanto a mulher, quanto o amigo, exerceram o direito de permanecer em silêncio durante o interrogatório. O namorado, porém, relatou situação diferente à polícia. Segundo ele, apenas os outros dois envolvidos dirigiram-se à casa da vítima, já na intenção de roubá-lo e apenas comunicá-lo quando obtivessem êxito na empreitada. O crime, contudo, teria se complicado e a vítima acabou sendo morta. 

Na decisão proferida na manhã desta segunda-feira (08), o juiz plantonista, Mário José converteu o flagrante dos três suspeitos em prisão preventiva. Um dos elementos usados pelo juiz foi a reincidência do custodiado no mesmo delito. “Verifica-se, in casu, pelas condições do delito, em especial pela natureza do crime, com emprego de grave ameaça e violência à pessoa, aliados aos maus antecedentes e demais fundamentos descritos, que também não autorizam a substituição por medidas cautelares diversas, não ser recomendável a concessão de medida cautelar mais branda”, destacou o juiz.