De canetas de luxo a dólares em espécie, chefia do PCC pagava propina a ‘promotores’ paraguaios
Apontado como uma das lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital) na fronteira com o Paraguai, Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, mais conhecido como Minotauro, virou réu por corrupção. Ele e a esposa Maria Alciris Cabral Jara, a Maritê, foram denunciados pelo MPF (Ministério Público Federal) por pagarem propina a Hugo Volpe e Armando Cantero, […]
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Apontado como uma das lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital) na fronteira com o Paraguai, Sérgio de Arruda Quintiliano Neto, mais conhecido como Minotauro, virou réu por corrupção. Ele e a esposa Maria Alciris Cabral Jara, a Maritê, foram denunciados pelo MPF (Ministério Público Federal) por pagarem propina a Hugo Volpe e Armando Cantero, integrantes do Ministério Público paraguaio, a fim de garantir arquivamento de investigações. Maritê era advogada do marido.
Conforme o MPF, Volpe coordenava o grupo que investigava e denunciava o tráfico de drogas em âmbito nacional no país vizinho. Cantero, por sua vez, era o responsável pelo combate ao tráfico de drogas na região de Pedro Juan Caballero, cidade que faz fronteira com o município sul-mato-grossense de Ponta Porã, a 346 quilômetros de Campo Grande. Os dois eram agentes fiscais do MP paraguaio, cargo equivalente ao de promotor de Justiça no Brasil.
Cada um deles recebeu uma caneta da marca Mont Blanc, avaliada em 900 dólares, e Cantero recebeu mais 10 mil dólares em dinheiro. Minotauro e Maritê integram associação criminosa especializada no tráfico internacional de drogas e corrupção ativa de funcionários públicos. A principal atividade da organização era a distribuição de cocaína proveniente da Bolívia.
A logística consistia em buscar a droga na Bolívia em aviões, descarregar em uma fazenda na região de Pedro Juan Caballero e, dali, distribuir para os mais diversos destinos nacionais e internacionais. A Minotauro, cabia fomentar a produção e negociar a comercialização da droga em larga escala, além de comandar as relações da organização criminosa, seja através de violência e ameaças ou da “diplomacia”.
Já Maritê, pessoa de confiança de Minotauro, era a gestora financeira da organização, responsável pela contabilidade, que incluía pagamentos mensais a policiais paraguaios e toda a aproximação e negociação junto aos membros do Ministério Público do país vizinho, além da organização dos voos com carregamentos de drogas e da administração dos bens móveis e imóveis do grupo criminoso.
Condenação
Em setembro passado, a Justiça Federal em Ponta Porã condenou Minotauro a 40 anos de prisão no âmbito de outra ação penal, por chefiar organização criminosa, praticar corrupção ativa junto a policiais paraguaios e por falsidade ideológica com base na emissão e utilização de documentos em nome de terceiros. A sentença condenou ainda a esposa a 20 anos de prisão pelos crimes de organização criminosa e corrupção ativa, e o piloto Emerson da Silva Lima a 8 anos por integrar a referida organização criminosa.
Minotauro encontra-se preso na Penitenciária Federal de Brasília desde fevereiro de 2019. Já Maritê encontra-se presa preventivamente na Penitenciária Feminina de Sant’Ana, em São Paulo.
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