As recentes apreensões de grandes quantidades de cocaína e maconha no Paraguai mostram que além das fronteiras brasileiras, a rota bioceânica pode ser uma nova alternativa de escoamento de drogas. O alerta é do ministro da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), Arnaldo Giuzzio.

Segundo o ministro, a obra ainda está em processo de pavimentação e já está sendo apontada como um caminho a ser traçado pelos narcotraficantes internacionais. Segundo ele, a rota irá conectar os oceanos Pacífico e Atlântico, não só para o escoamento de mercadorias, mas também de drogas, uma vez que vai permitir a ligação com Chile, Argentina, Paraguai e Brasil.

Giuzzio disse que o Chaco paraguaio continua a ser a principal estrada usada pelos narcotraficantes para trazer drogas da Bolívia por via aérea, atendendo à vulnerabilidade da área devido à falta de radares.

Em relação à nova de tráfico, o ministro paraguaio também fez comparações a outros sistemas utilizados pelas organizações criminosas. “O bioceânico será o que é o ‘Canal do Panamá’ terrestre e se não o vermos hoje, não estabelecemos estratégias para ter um controle meticuloso no trânsito dessa droga, asseguro que no futuro será a rota da droga”, afirmou.