Após agredir, ameaçar matar a mulher e a expor nua em vídeos na rede social, o pastor de 40 anos que foi preso nesta quinta-feira (12), em , no bairro Giocondo Orsi, negou todos os crimes dizendo que a vítima o drogava com anfetaminas e rivotril. Ele passa por audiência de custódia nesta sexta-feira (13).

Em vídeos, que o pastor divulgou nas , ele aparece com uma faca nas mãos e a mulher presa entre as suas pernas, seminua depois de ter os cabelos cortados por ele e ser agredida. No seu depoimento, ele negou que tenha agredido a vítima e que a ameaçava com uma tesoura mesmo os vídeos postados por ele mesmo mostrarem o contrário.

Ele ainda afirmou que a mulher teria trancado o cômodo não o deixando sair, já que após descobrir que estava sendo traído teria pedido a separação.

O pastor ainda disse que a mulher o drogava com anfetaminas e rivotril para poder colocar o amante dentro de casa. Ele manteve a esposa em cárcere privado por horas até que a polícia conseguiu entrar no imóvel e socorrer a vítima.

Um casal amigos da vítima contou a polícia, que havia dormido na casa na noite anterior para tentar apaziguar os ânimos entre os dois, já que o pastor acreditava estar sendo traído e queria a qualquer custo que a mulher confessasse. Quando viram que o pastor havia trancado a esposa no quarto fazendo ameaças de matá-la, o casal de amigos chamou a polícia, já que o homem insistia que havia visto o amante da mulher saindo da residência. O casal estava junto há cinco anos.

O Jornal Midiamax, em respeito à vítima, não fará a exposição dos vídeos que circularam na internet, nem mesmo de prints das situações vexatórias, e preservará a identificação do pastor, não por ele, mas em respeito à mulher, que foi agredida e exposta por ele em redes sociais e acabaria identificada indiretamente.

Suspeito de estupro em Manaus

O pastor preso seria suspeito de ter estuprado uma adolescente de 14 anos, em Manaus, em 2010. O crime teria sido cometido durante viagem para pregação, conforme apurado pelo Jornal Midiamax.

A menina relatou o que o autor supostamente tentou estuprá-la e fugiu. Desde então, a família não teve mais notícias deste pastor. “A gente sabe que ele foi embora para as bandas do Mato Grosso e se juntou com uma fazendeira de Goiás, mas faz tempo”. Nesta quinta-feira, o pai foi pego de surpresa com a notícia da prisão em Campo Grande. “Na hora que eu vi as fotos e vídeos, reconheci o sujeito de imediato”.

Passagem por porte de arma

pastor já preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo, em abril de 2019. Na ocasião, ele foi solto após pagamento de fiança. Ele seguia com um amigo de carro, quando foram abordados pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) em Rio Brilhante, a 158 quilômetros da Capital. Ao ser questionado, o pastor confessou que carregava uma pistola Taurus, calibre 38, acompanhada de 16 munições. A arma estava escondida no porta-luvas do veículo.

Cárcere privado

Depois de duas horas de negociações, o Bope (Batalhão de Operações Especiais) resgatou a mulher que era mantida refém pelo marido pastor em residência localizada na Rua Cláudia, no bairro Giocondo Orsi, nesta quinta-feira (12). Como o agressor não cedeu, os policiais tiveram que invadir o local.

Informações de familiares apontam que a casa onde os fatos ocorreram é da mulher que, depois de ficar viúva, passou a conviver com o pastor, considerado ‘oportunista'. Durante a madrugada, eles tiveram uma discussão e o desentendimento se agravou. O pastor fez uma live nas redes sociais cortando o cabelo da vítima e a ameaçando com uma tesoura. Amigos visualizaram a publicação e acionaram a polícia.

expulsão Igreja

A igreja Assembleia de Deus expulsou o pastor Jesus Gorgs e publicou uma nota de repúdio na noite desta quinta-feira (12). O pastor manteve a esposa sob cárcere e inclusive fez uma live nas redes sociais cortando o cabelo da vítima e a ameaçando com uma tesoura. Amigos visualizaram a publicação e acionaram a polícia.

Na nota, a igreja diz que não tolera de maneira nenhuma, as atitudes e atos criminosos e que já tomou as medidas administrativas com a exclusão dele do rol de membros da igreja.