Os celulares apreendidos na casa do vereador Ademir Santana (PSDB), e candidato à reeleição para este ano irão passar por perícia. Documentos também foram apreendidos nos endereços do vereador, durante a deflagração da quinta fase da Operação Omertà, nesta quarta-feira (7).

O vereador que teria tido ligações com o Cap há alguns anos, era um dos alvos da operação deflagrada pela Força-Tarefa, sendo que dos seis mandados expedidos, três eram contra o parlamentar, que declarou à ter R$ 441 em bens. Duas pessoas acabaram presas durante a operação. Benevides Cândido Pereira e mais um foram presos durante a operação. Ele foi preso no bairro Bonança. Foram apreendidos celulares, pen-drive e documentos na casa de Benevides, que quando preso na terceira fase disse ser apenas office boy para da secretária da família Name, Cinthya Name.

Também havia um mandado de prisão contra Euzébio de Jesus Araújo, conhecido como ‘Nego Bel'. Euzébio tem um mandado de prisão contra ele devido a extorsão feita contra o dono da casa, no Monte Líbano, onde foram encontradas o armamento da milícia, que teve parte dos integrantes – total de 21 pessoas – presas na 1º fase da Omertà. ‘Nego Bel' já teria sido flagrado negociando fuzil de dentro do presídio.

Em setembro deste ano, a quarta fase da Omertà foi deflagrada contra bancas de anotadores do jogo do bicho em . A informação é de que antes de ser o ‘negócio' estava sendo negociado com o Rio de Janeiro.

A polícia suspeita que a atividade contraventora estaria ligada ao de atividades ilícitas investigadas nas fases anteriores da Operação Omertà, servindo de base financeira para a organização. Com o dinheiro do jogo do bicho, integrantes envolvidos em diversos crimes seriam remunerados.

Esta é a quinta fase da Operação Omertà, que teve a primeira fase deflagrada no dia 27 de setembro de 2019, há um ano. Desde então, várias pessoas já foram presas. Na terceira fase, deflagrada em 18 de junho, foi cumprido mandados contra o delegado Márcio Shiro Obara, ex-titular da DEH (Delegacia Especializada de Homicídios), que acabou preso.

Também foi cumprido mandado de busca e apreensão contra um investigador da Polícia Civil de MS, Célio Rodrigues Monteiro, que também foi detido, além de buscas no interior. Além disso, os presos teriam ligações com Jamil Name. O empresário está detido na penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, desde a primeira fase da Omertà.