Pular para o conteúdo
Polícia

Atribuindo versão a ‘fantasiosa’, Ministério Público pede que acusado de matar Graziela vá a júri

Atribuindo a versão apresentada por Rômulo Rodrigues Dias a ‘fantasiosa’, o promotor do Ministério Público, Douglas Oldegardo dos Santos, pediu que ele fosse a julgamento acusado por matar e esconder o corpo da companheira, Graziela Pinheiro Rubiano. A defesa de Rômulo entrou com recurso pedindo a anulação dos depoimentos, alegando ilegalidades. No entanto, o MP […]
Arquivo -

Atribuindo a versão apresentada por Rômulo Rodrigues Dias a ‘fantasiosa’, o promotor do Ministério Público, Douglas Oldegardo dos Santos, pediu que ele fosse a julgamento acusado por matar e esconder o corpo da companheira, Graziela Pinheiro Rubiano. A defesa de Rômulo entrou com recurso pedindo a anulação dos depoimentos, alegando ilegalidades. No entanto, o MP defende que não houve irregularidades das provas produzidas.

A defesa sustenta que o réu prestou depoimento à Polícia Civil por duas vezes sem a presença dos advogados, pois supostamente não foi informado sobre seus direitos constitucionais.

“[…] como é possível ver nos depoimentos feitos pelo réu, ainda em sede de interrogatório policial, na delegacia […] o agente policial interrogou o réu, sem a presença de um e, também, sem lhe proporcionar o Aviso de , ou seja, não leu seus direitos e, principalmente, não lhe informou que a ele era garantido o direito de ficar em silêncio, sem que isso pudesse lhe prejudicar. Ademais, também não informou ao Réu que ele, durante a ‘entrevista’, estava sendo gravado”, afirma a defesa.

O Ministério Público rebate e afirma que as declarações não causaram qualquer prejuízo a defesa de Rômulo. “Em que pese a autoridade policial não tenha advertido o interrogado sob seu direito constitucional de permanecer em silêncio, não vislumbramos qualquer prejuízo à defesa haja vista que, ao analisarmos seu depoimento em mídia, não constatamos que o interrogado tenha sido coagido ou induzido em erro em suas declarações. Pelo contrário, suas declarações foram espontâneas”, disse o promotor.

Além disso, o MP sustenta que Rômulo criou uma versão fantasiosa para o de Graziela. “Compulsando-se detidamente os autos, restou evidenciado que o acusado criou uma versão fantasiosa de que a vítima havia repentinamente ido embora para o Estado do Paraná, abandonando seu emprego e seus estudos, com o nítido intuito de ocultar o homicídio por ele praticado”.

Por fim, o promotor pediu que o acusado vá a júri, por estar evidente as provas nos autos, inclusive a presença de sangue no local onde o casal morava, corroborando com depoimento de testemunhas. “Desta forma, é possível afirmar, com a certeza necessária, que o recorrente é culpado da imputação descrita na inicial, estando devidamente evidenciado o animus necandi, bem como claramente comprovadas a autoria e materialidade dos crimes, ficando claro que o recorrente, de fato, ceifou a vida de sua companheira Graziela Pinheiro Rubiano, além de ocultar seu cadáver”.

Os fatos

Conforme denúncia do Ministério Público Estadual, o crime ocorreu no dia 5 de abril deste ano. Rômulo e Graziela estavam juntos desde 2017, mas o relacionamento era abusivo e a mulher não conseguia se livrar. O acusado promovia ameaças e dizia que iria se matar caso se separassem. Conforme testemunhas, ele era uma pessoa ciumenta, agressiva e já havia batido na vítima em outras oportunidades.

O caso veio à tona quando no dia 6 de abril amigas aguardavam Graziela para uma reunião em que ela não compareceu. O fato causou estranheza e as testemunhas acionaram Rômulo. Por sua vez, ele alegou que ela teria ido embora para o Paraná e em seguida disse que a vítima se assumiu homossexual e foi morar com outra mulher, por isso estava sumida. Tais alegações provocaram desconfiança e o caso foi levado a conhecimento da polícia.

Durante as investigações, o Rômulo foi ouvido pela autoridade policial e relatou que Graziela teria ido morar no estado do Paraná, pois teria assumido um relacionamento homossexual, bem como afirmou que no dia 6 de abril, entregou na marmoraria onde trabalhavam o uniforme e as chaves da vítima ao proprietário do estabelecimento comercial, alegando que a vítima havia lhe pedido para ir até o local comunicar que ela não iria mais trabalhar.

A versão apresentada pelo réu se mostrou fantasiosa na medida em que a prova pericial realizada no veículo e na residência do casal, além de vários depoimentos colhidos durante a fase investigativa, demonstraram inúmeras contradições apresentadas por ele e seu propósito de ocultar o por ele cometido.

Foi realizada perícia numa edícula no fundo do terreno onde residiam autor e vítima, ocasião em que, quando submetido o local ao reagente luminol, foi encontrado vestígios de sangue. Outra perícia constatou a presença de sangue no teto do veículo na parte traseira lado esquerdo e no encosto do banco traseiro lado direito comprovando que o sangue era da vítima. Diante de tais evidências, Rômulo foi pronunciado e vai a júri popular por feminicídio e ocultação de cadáver.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Perigo oculto: infecções em dedos e unhas geram alerta a médicos e profissionais de estética

aeroporto

Vai viajar? Aeroporto Internacional de Campo Grande opera sem restrições

‘Um dia no Parque’ acontece neste domingo e evento é oportunidade para contato com a natureza

Estrada de acesso ao assentamento Bebedouro, em Nova Alvorada do Sul (PMNAS, Divulgação)

Incra cede área em assentamento de Nova Alvorada do Sul para prefeitura

Notícias mais lidas agora

Motociclista que morreu em acidente na Av. Ceará estava acompanhado do filho

Domingo tem feiras, apresentações e atividades para a criançada em Campo Grande

Sob gestão de Papy, Câmara de Campo Grande aumenta gastos e diminui resultados

Precisa de atendimento? Confira a escala médica nas Upas e nos CRSs de Campo Grande

Últimas Notícias

Cotidiano

Ressarcimento INSS: devolução começa dia 24 para quem aderir a acordo até segunda

Em MS, mais de 8 mil aposentados e pensionistas do INSS firmaram adesão a ressarcimento até a última sexta (18)

Cotidiano

‘Terapia’ pelo ChatGPT: por que buscar ajuda emocional com robô pode ser perigoso

Especialistas alertam para riscos mentais e técnicos do uso da inteligência artificial para terapia

Brasil

Vence licença de Eduardo Bolsonaro que está nos EUA desde fevereiro

A partir de agora, o deputado precisa justificar suas ausência para não perder o mandato

MidiaMAIS

Domingo tem feiras, apresentações e atividades para a criançada em Campo Grande

Está sem ideia do que fazer neste domingo? Confira a programação