Após 2 anos e 8 meses, a defesa do estudante de medicina João Pedro de Miranda, acusado da morte da advogada Carolina Albuquerque pediu pela revogação das últimas medidas cautelares impostas ao estudante alegando não existir mais risco à ordem pública, ordem econômica e instrução criminal.

O pedido foi distribuído nesta terça-feira (18), mas feito no dia 6 de agosto pela defesa de João Pedro, que já tinha sido dispensado de outras medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica, a suspensão do direito de dirigir e recolhimento noturno. Mas, agora a defesa pede que sejam também suspensas as medidas de apresentação periódica e proibição de ausência da comarca onde reside.

No pedido é alegado que já se passaram mais de 2 anos da última reavaliação e que essas medidas são mais brandas, não existindo mais requisitos a necessidades das medidas impostas.

No dia 14 de agosto de 2019, aconteceu a primeira audiência no Fórum, com o depoimento de 14 de testemunhas de acusação, entre elas familiares da advogada e duas amigas que estavam com ela pouco antes do acidente. No dia 13 de agosto foram ouvidas testemunhas de defesa.

Em julho de 2018, a defesa de João Pedro tentou desqualificar a vítima fazendo o pedido para a análise do sangue de Carolina Albuquerque no intuito de saber se antes do acidente ela teria ingerido bebidas alcoólicas. No entanto, o IALF (Instituto de Análises Laboratoriais e Forenses) teria afirmado à Justiça que não possuía equipamentos para atender ao pedido.

No dia 5 de junho, segundo relatório do cartão de crédito anexado ao processo, foi constatado que Carolina havia comprado, em um bar na Avenida Afonso Pena, um suco de laranja, um chopp e um lanche para crianças. O relatório foi anexado ao processo a pedido da defesa do estudante de medicina. No dia 31 de julho a quebra dos sigilos bancários e telefônicos de João Pedro de Miranda foram autorizados pela Justiça. Foi enviado também um pedido a Google para tentar a localização de João Pedro antes do acidente.

Carolina voltava para a casa de madrugada do dia 2 de novembro de 2017, com o filho pequeno, quando foi atingida pela caminhonete do estudante na , que trafegava a 115 Km/h. A advogada não resistiu ao impacto e morreu no local, porém, o filho dela escapou sem ferimentos graves.