Durante os cumprimentos de mandados da Operação Raio X nesta terça-feira (29), um homem de 57 anos foi preso em flagrante em , a 457 quilômetros de Campo Grande. Ele era um dos alvos e foi cumprido mandado de busca e apreensão na casa do suspeito, na região central da cidade.

Equipe da Polícia Civil de Aparecida do Taboado cumpriu o mandado de busca e apreensão, expedido pela 1ª Vara da Comarca de Penápolis. Assim, a intenção era de apreender documentos, notas fiscais, anotações e aparelhos eletrônicos ligados aos crimes de peculato e fraude de licitações.

Com isso, foram apreendidos na casa contratos de compra de um imóvel rural, além de celular, notebook, anotações e caderno. Todo o material será encaminhado para Araçatuba (SP). Ainda nas buscas, foram encontrados dois revólveres, calibre 38 e 32, sem o devido registro.

Também foi cumprido mandado na fazenda do suspeito, onde foram encontrados uma espingarda .36 e munições. Por conta disso ele acabou preso em flagrante por posse irregular de arma de fogo. O delegado então arbitrou fiança de R$ 5.225, que foi paga e o homem liberado.

Outra prisão no Estado

Alvo de operação contra desvio de dinheiro na Saúde é preso em MS e paga fiança
Em Três Lagoas um homem foi preso (Foto: Perfil News)

Também nesta manhã, equipes do SIG (Setor de Investigações Gerais) cumpriram mandado em Três Lagoas, a 338 quilômetros de Campo Grande. Um homem, que a princípio seria empresário da cidade, casado com advogada do município, acabou preso mediante mandado.

As equipes estiveram na casa dele, em um condomínio de luxo, onde também foram apreendidos materiais eletrônicos e documentos.

Operação Raio X

Segundo a Polícia Civil de São Paulo, são cumpridos 64 mandados de prisão temporária e ainda 237 de busca e apreensão. Destes, 180 são no Estado de São Paulo e o restante em outros estados, como Paraná, Minas Gerais e .

As investigações começaram a partir dos indícios de desvio de verba pública por meio da celebração de contratos de gestão entre organizações sociais e o Poder Público. Na maioria dos casos, os crimes eram cometidos por meio de licitações fraudulentas e contratos superfaturados.

Assim, o grupo criminoso foi identificado e era subdividido em vários núcleos, com diferentes funções. Também foi apurado que, para requentar o dinheiro, os criminosos compravam bens. Além disso, no período de pandemia foi constatado que houve um aumento do patrimônio, decorrente de maior desvio de verba pública.

Em São Paulo, foram cumpridos mandados na sede da Secretaria de Estado de Saúde, em hospitais e na Câmara Municipal da capital paulista. Já no Pará, a operação foi realizada pela Polícia Federal e foi batizada SOS. Um dos alvos é o governador Helder Barbalho (MDB).

Foram presos os secretários de estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia, Parsifal de Jesus Pontes; de Transportes, Antônio de Pádua e o assessor do governo Maia Nascimento

Segundo a PF, a investigação mira 12 contratos firmados entre o governo do Pará e organizações sociais para administração de hospitais públicos do estado. Inclusive os hospitais de campanha criados por conta da pandemia de Covid-19.

A suspeita que os contratos, que somam R$ 1,2 bilhão, sejam irregulares, segundo o MPF (Ministério Público Federal). Os crimes investigados são fraude em licitações, falsidade ideológica, peculato, passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa.