#Retrospectiva: Em 2019 julgamentos do serial killer do Danúbio Azul somaram 145 anos de cadeia
O ano de 2019 foi marcado pelos julgamentos de Luiz Alves Martins Filho, conhecido como Nando. O serial killer do Danúbio Azul já passou por 13 julgamentos de homicídio, sendo condenado a 145 anos, cinco meses e dez dias de prisão, em regime fechado. O serial killer também é acusado de outros homicídios no bairro […]
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O ano de 2019 foi marcado pelos julgamentos de Luiz Alves Martins Filho, conhecido como Nando. O serial killer do Danúbio Azul já passou por 13 julgamentos de homicídio, sendo condenado a 145 anos, cinco meses e dez dias de prisão, em regime fechado. O serial killer também é acusado de outros homicídios no bairro Danúbio Azul, em Campo Grande, mas os corpos nunca foram localizados.
Nando, que agiu como justiceiro na região por cerca de quatro anos, foi preso no dia 16 de novembro de 2016. Ele passou por dois julgamentos em 2018, 11 em 2019 e o último será realizado em março de 2020.
As investigações da Polícia Civil tiveram início no final do ano de 2016, quando descobriram que os corpos das vítimas foram enterrados no Jardim Veraneio, em Campo Grande. Foram feitas escavações na região, sendo possível localizar 10 ossadas humanas, todas enterradas de cabeça para baixo. No entanto, a informação da polícia, na época, é que Nando matou 16 pessoas.
Se dizendo um ‘justiceiro’, Nando matava geralmente quem cometia crimes na região, na maior parte deles, pequenos furtos. Ele também era acusado de tráfico de drogas e exploração de menores. Nando, na maioria dos crimes, agiu com o comparsa Claudinei Augusto Orneles.
A primeira condenação de Nando foi em 2017, quando o juiz Marcelo Ivo de Oliveira, da 7ª Vara Criminal de Campo Grande, determinou pena de 29 anos, 10 meses e 10 dias, além de 1 mil dias-multa, pelos crimes de tráfico de drogas e favorecimento à prostituição.
Condenações
No dia 8 de fevereiro de 2018, Luiz Alves foi a seu primeiro julgamento pelas mortes no Danúbio Azul. Ana Cláudia Marques teria sido assassinada no dia 29 de agosto de 2016, em uma chácara no Jardim Veraneio. Nando, Jader Alves Correa e Jean Marlon Dias Domingues teriam estrangulado a vítima usando uma corda. Depois, eles enterraram o corpo na região. Nando foi condenado apenas pela ocultação do cadáver, a dois anos e 30 dias. Jean foi condenado a um ano e 10 dias. Jader teve o processo desmembrado.
Em 6 de março de 2018, Nando foi a júri pelo assassinato de Lessandro Valdonado de Souza, 13 anos, ocorrida no dia 1º de agosto de 2016. Luis Alves, Talita Regina de Souza e Jean Marlon Dias, estrangularam a vítima com uma corda. Lessandro teria visto Talita, traindo seu irmão e por isso foi assassinado, depois também teve o corpo enterrado na região do Jardim Veraneio. Talita seria amiga de Nando e teria pedido para que ele ajudasse no crime.
Por este crime, Nando foi condenado a 18 anos, quatro meses e vinte dias de prisão.
Ainda em 2018, Nando teve mais uma condenação, de 18 anos e três meses de prisão, por matar e ocultar o corpo de um rapaz conhecido como “Café” ou “Neguinho”. O assassinato aconteceu em abril de 2016, quando a vítima foi estrangulada, depois agredida com uma chave de fenda e facadas. Nando, Jean e Michel Henrique Vieira Vilela foram denunciados pelo crime. Café devia dinheiro a Nando.
O pedreiro Ariel Fernando Garcia Lima Teixeira foi morto em fevereiro de 2014 porque teria cometido um furto. Luiz Alves e Claudinei Augusto Orneles Fernandes mataram a vítima a tiros e foram denunciados pelo homicídio. Durante julgamento no dia 10 de abril deste ano, eles foram absolvidos da acusação.
Bruno Santos da Silva foi assassinado em abril de 2013. Nando acreditava que Bruno estaria envolvido no assassinato de um familiar e então estrangulou a vítima até a morte com ajuda de Claudinei e Valdelei de Almeida Junior. Nando utilizou uma correia de máquina de lavar roupas para cometer o crime, sendo condenado a pena de 14 anos, três meses e 15 dias de prisão, em abril de 2019.
Já em abril de 2016, Jean e Nando, também utilizando uma correia de máquina de lavar, mataram Flávio Soares Correia. O corpo de Flávio foi enterrado na região do Jardim Veraneio. Pelo crime, Nando foi condenado a pena de 16 anos, três meses e 15 dias, pelo homicídio e ocultação de cadáver. O julgamento aconteceu em abril deste ano.
Acreditando que Alex da Silva Santos seria autor de um furto. Nando, Wagner e Ariane de Souza Gonçalves estrangularam a vítima até a morte. Nando foi condenado em junho deste ano a 16 anos, 10 meses e 10 dias pelo crime.
Em setembro de 2019, Nando e Wagner foram a julgamento pelo assassinato de Jhenifer Lima da Silva, ocorrida em junho de 2014. Por matar a jovem estrangulada porque ela teria cometido um furto, Nando foi condenado a 16 anos, 10 meses e 15 dias. Ele também foi condenado pela ocultação de cadáver.
Aline Farias da Silva foi morta em março de 2016, porque recebeu para ir a um encontro sexual e não compareceu. Ela também foi estrangulada até a morte com uma correia de máquina de lavar roupas. Nando e Michel foram condenados pelo homicídio e ocultação de cadáver no dia 6 de novembro de 2019. Nando foi condenado a pena de 16 anos, 10 meses e 20 dias de prisão.
Também acusado de cometer um furto, Valdelei de Almeida Júnior foi morto por estrangulamento em 2014, no Jardim Veraneio. Nando e o companheiro, Claudinei, foram absolvidos da acusação.
Aparecida Adriana da Costa foi assassinada em agosto de 2014. Ela teria cometido furto na região e então o ‘justiceiro’, estrangulou a vítima até a morte. A mulher também foi agredida com uma barra de ferro, com ajuda de Claudinei. Pelo crime, Nando foi condenado a pena de 25 anos e seis meses de prisão, em novembro deste ano.
Em agosto deste ano, o julgamento em que Nando teve um surto e até um promotor passou mal, seria pela morte de Eduardo Dias Lima. Durante o depoimento, Nando passou a se estapear no rosto dizendo que era assim que apanhava dos policiais, e só por isso confessou os crimes.Nando e Michel teriam praticado o crime juntos porque a vítima era acusada de cometer furto. Depois, eles enterraram o corpo de Eduardo no Jardim Veraneio.
O julgamento foi adiado e só será realizado em março de 2020.
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