O promotor de eventos de 54 anos, usava a simpatia para atrair suas vítimas, conforme informou a Polícia Civil. Ele se fazia de bonzinho e aproveitava momento de “brincadeiras” para abusar de sua neta e sobrinha.

Conforme informou a delegada Franciele Candotti, da  (Delegacia de Proteção à e Adolescente), o autor negou os fatos em seu depoimento e disse que era tudo invenção das vítimas, porém, as mesmas contam com riqueza de detalhes tudo que ele fez.

“Elas relatam que ele era bonzinho, sempre brincava e durante essas brincadeiras, como pegar no colo, brincar de cavalinho, praticava os abusos”.

Ela conta que a menina de 7 anos era abusada desde os cinco e os abusos ocorriam dentro da casa do autor, no momento em que a criança ficava na casa para que os pais pudessem trabalhar.

A outra vítima, que é sobrinha da esposa do promotor sofreu abusos em 2010, quando tinha 8 anos, mas só contou após os abusos da neta vir à tona. A polícia apura ainda se outras pessoas da família foram vítimas do promotor.

A delegada alerta para que pais fiquem atento a mudança de comportamento dos filhos que são vítimas de abuso. “Geralmente a criança muda de comportamento, fica mais tímida, retraída e não quer mais frequentar a casa do autor”.

Ela lembra que é importante que os pais conversem com os filhos. “Se a criança narrar algo suspeito ela deve ser encaminhada para a Delegacia para que o caso seja apurado”.

Ainda conforme a delegada, os autores de pedofilia geralmente são da família, parentes ou amigos próximos e os pais devem ficar em alerta. “Temos que desconfiar dos que são bonzinhos demais, deixam as crianças fazerem o que querem, brincam com as crianças de forma estranha”, diz.

O promotor foi preso no último de 14 de março e levado para o Instituto Penal de Campo Grande, após a denúncia de que havia estuprado duas netas, uma menina de 7 anos e outra que na época do crime tinha 8 anos.

Ele teria tentado abusar de uma garçonete, de 18 anos, em uma festa de casamento, na cidade de Naviraí – a 359 quilômetros de , em 2018.

Um dos casos teria acontecido no ano de 2010, mas veio à tona após o suspeito cometer outro abuso, em janeiro deste ano. O promotor de eventos foi indiciado pelo crime de de vulnerável e satisfação da lascívia – quando o autor pratica, na presença de alguém menor de 14 anos, ou o induz a presenciar, conjunção carnal ou outro ato libidinoso, a fim de satisfazer lascívia própria ou de outro.