A Polícia Civil fez um alerta nesta quinta-feira (28) após ameaças de ataques a escolas públicas de e interior do Estado. Conforme a delegada, Fernanda Félix, caso identificados, os suspeitos das ameaças podem responder pelo ato infracional.

A delegada cita o caso da última semana, no qual dois adolescentes foram apreendidos, após aterrorizarem uma escola no Jardim Tijuca, na Capital. Os adolescentes estão em uma Unei (Unidade Educacional de Internação). “Com eles não foi encontrado nenhum artefato explosivo, mas aterrorizaram toda a escola, foram apreendidos e internados na Unei pelo ato infracional”, informou Fernanda.

As ameaças de ataques podem até configurar outros crimes. “Pode parecer brincadeira, mas essa brincadeira se torna um ato infracional passível de apreensão em flagrante delito, pode configurar ameaça, apologia ao crime e instigação ao crime, se não caracterizar outro crime mais grave”, acrescenta.

Qualquer instituição que passe por situações parecidas, deve acionar a polícia. “As escolas devem informar a polícia sobre qualquer tipo de ato infracional que ocorra dentro da escola, para que possamos investigar”, salienta.

O alerta também serve para os pais. “Esses jovens veem uma notícia como o que aconteceu em Suzano e tentam chamar a atenção. Eles requerem dos pais maiores cuidados, com quem conversa, quais são os amigos, que tipo de informação pesquisa na internet. Os pais também devem ficar atentos e ter livre acesso as redes sociais e jogos”, indica Fernanda.

Ameaças

Nesta quinta-feira (28) duas ameaças a escolas públicas de Campo Grande, apavoraram pais e alunos. Na Escola Estadual José Barbosa Rodrigues, no bairro Universitário e na Escola Estadual Emygdio Campos Widal, no bairro Vilas Boas. Nas duas escolas foi encontrada uma rede Wifi, denominada ‘massacre14h40', o que assustou os alunos, que fariam uma avaliação semanal nesta quinta. Os pais chegaram a buscar os filhos, com medo de um real ataque as unidades.

A diretora de uma das escolas informou que uma avaliação acontece semanalmente, às quintas-feiras, e que a suposta ameaça de ataque pode ter ligação com essa prova. Nos dois casos, os pais foram autorizados a levar os alunos, mediante assinatura de uma ata. A Polícia Militar também esteve nas escolas, onde realizou vistorias nas salas de aula e mochilas.

A SED (Secretaria Estadual de Educação) informou que já tem conhecimento dos casos e confirmou sobre a avaliação programada semanalmente. A orientação, conforme a assessoria da Secretaria, é avisar os pais e a polícia. A SED acompanha os casos.