“Foi um momento de bobeira”. Assim que Jesus Ajala da Silva, 46 anos, conhecido como “Palhaço Sabiá”, se manifestou na audiência sobre a morte da merendeira Silvana Tertuliano Silveira, 42 anos, com quem teve um relacionamento por cinco meses, em Campo Grande. A defesa pediu laudo de sanidade mental, que não foi deferido pelo juiz Carlos Alberto Garcete.

Essa foi a única audiência do caso, que será levado a julgamento, já que a Justiça entendeu ter elementos suficientes. Nesta quarta-feira (3) foram ouvidas três testemunhas e o réu. Um investigador de polícia que trabalhou no caso, o dono da quitinete onde aconteceu o crime e também, o ex-marido de Silvana.

‘Momento de burrice', diz palhaço Sabiá que matou merendeira com 4 facadasSabiá apresentou uma versão com algumas mudanças do que informou quando se apresentou na delegacia de polícia, no dia 15 de janeiro deste ano, cinco dias depois de cometer o crime. Em versão anterior, o réu afirmou que marcou um encontro com a mulher, porque ela afirmava que voltaria com o ex-marido.

Na audiência, ele confirmou que a merendeira foi até a quitinete, como iria normalmente durante os encontros do casal. Ele também desmentiu a versão em que dizia que o casal teve relação sexual antes do crime. A mulher, segundo o réu, teria dito que Sabiá não seria homem para ficar com ela, quando o autor foi até a cozinha e pegou a faca.

No ‘momento de bobeira', Sabiá disse que Silvana estava na cama e ele desferiu as facadas. Na última, a faca ficou cravada no corpo da vítima. Para alguém não desconfiar, ele arrastou o corpo até o banheiro, depois foi para a casa da irmã. “Eu voltei era 23h e dormi do lado de fora de casa. No outro dia pedi um carrinho de mão para a vizinha, esperei anoitecer e por volta de 2h da madrugada levei o corpo até o terreno”, contou Sabiá.

O crime aconteceu no dia 10 de janeiro e o corpo foi localizado em um terreno no Portal Caiobá, em . Sabiá relatou, na época dos fatos, que pretendia se matar depois de assassinar a merendeira, mas não fez porque a faca ficou cravada no corpo da mulher.